O que diz Pacheco ou, noutra alusão, afirma Pereira
Eu ia escrever sobre a contradição pegada do post de Pacheco Pereira sobre o tema “loura do regime” – porque não percebi se ele deu a entrevista por ser o i ou por ser a Maria João Avillez, e se foi só pela entrevistadora, isso significa que ele já estava desconfiado do jornal, e ele só não desconfia dos seus próprios artigos – e nunca se sabe se um dia destes não se atira ao Pacheco Pereira que escreve na Sábado, defendendo o Pacheco Pereira que escreve no Público.E havia mais mas falta-me o ar.
Eu gosto de ler o Pacheco Pereira e tenho um sincero respeito e admiração pelo investigador (que muito me tem ajudado a perceber certa esquerda a que, há muitas luas, pertenci...). Também gosto do comentador de TV, dá luta e vai a jogo. Mas acho que abruptamente ele se tornou parecido com aqueles gatos a quem, por maldade, atam uma lata ao rabo: foge do ruído que provoca, é perseguido pela sombra, e nunca mais pára para pensar. No meio da louca corrida, ele prefere sempre matar o mensageiro e esquecer o autor da mensagem...
Ía desenvolver sobre tudo isto mas depois li Sofia Loureiro dos Santos e desisti. No fundo é só uma frase e era tudo o que eu queria escrever: “A liberdade de imprensa, para Pacheco Pereira, é algo que está entre publicar o que ele escreve e diz e não publicar quem o contradiz”.