27
Dez07
PSD, BCP, PS
O problema não foi Luís Filipe Menezes ter decidido ser mais sincero do que é costume - e, nesse enquadrado sentido, reclamar uma justa repartição de lugares entre PSD e PS nas diversas administrações, indiferentemente públicas e/ou privadas, do chamado "centrão". Isso foi apenas “chato” para os dois partidos, porque deu nas vistas, e deve ter feito mais alguns milhares “rasgarem” o cartão de eleitor. Dá igual, o país segue.
Pronto: também foi chato para a banca.
Mas o problema maior foi daí ter resultado a confirmação de que Portugal vive dessa forma ínvia e obscura, entre negociações e favores, fretes e cunhas, repartição de poder. Nos governos e oposições. Nos partidos. Nas empresas. E entre todos os protagonistas: governos, partidos, empresas.
Não adianta falar de corrupção e favorecimentos – talvez comece a ser necessário discutir com rigor o significado dessas palavras. Porque desse debate, e das presumíveis novas ou antigas definições, sairá a normalização, ou não, do "vale tudo". Veremos se o Portugal político “vai dentro”. Ou se se torna definitivamente impune.
Menezes foi útil à Nação: descaiu-se na absoluta sinceridade, em nome dos Partidos que existem.
Ainda há por aí alguns partidos pequenitos?