Quase uma pergunta de algibeira
E é esta: como se candidata a ser primeiro-ministro de um país que acaba de pedir a ajuda do FMI o mesmo homem que há menos de um mês declarou peremptoriamente que se recusava a governar esse mesmo país com a presença do FMI?
Das duas, uma: ou já sabe que vai perder e não tem que se preocupar com mais esta contradição; ou realmente é um homem que não está bem, e que deveria ser observado por um especialista.
Este fim de semana, o Partido Socialista vai aclamar-lhe a liderança - e não há ninguém que o confronte com estas palavras. Não há ninguém que o confronte com a ficção em que persiste. Não há ninguém que o confronte com ele próprio. Não há ninguém que o confronte com o estado em que deixou o país.
O mundo não está perigoso - e o Vasco tem razão de novo: o mundo ensandeceu de vez.