O paradoxo da bateria, ou um desabafo de domingo
Podia começar no fogo, na descoberta do fogo. Mas andemos uns anos para a frente...
... O Homem descobriu a penicilina. Foi à Lua. Inventou o computador. Inventou a Internet. Reduziu a memória informática a nano-milímetros, de forma a ser possível ter num IPod 60 gigas de música, são dezenas de milhares de canções, e filmes “e o catano”. Temos internet no telefone, Facebook, GPS, e programas que nos localizam tudo – até a casa de banho mais próxima. Há mecanismos que reconhecem a voz, há satélites que rastreiam milimetricamente as nossas ruas. Falo pelo Skype com o meu filho que está do outro lado mundo, e vejo-o como se ele ainda estivesse em casa da mãe. Há 3-D e HD, há fibra e meo-go, agora até podemos ter os nossos próprios canais de televisão.
Tudo e mais umas botas.
Porém...
Porém, lá inventarem um estupor de uma bateria de telemóvel que dure mais do que 12 horas, uma coisinha que nos deixe livre dos carregadores e das paredes por, vá lá, 24, 48 horas... Isso não dá mesmo para inventar? Mesmo?
Qual é a parte do “não faz sentido, no meio de tanta modernice, a bateria ser do tempo da Guerra do Solnado”, que vos escapa, oh campeões da tecnologia?!