Parte de brunch feito em casa
Está na moda essa coisa do “brunch”, mas o conceito é a minha praia mesmo quando não tinha nome: ao fim-de-semana, desde sempre, acordar tarde, fazer tudo tarde, e comer a uma hora algures entre o pequeno-almoço e o lanche. Vem dos tempos das Noites Longas ou das “rave parties” (em armazéns que ainda hoje não sei onde ficavam, tendo porém lá estado...), passou pelas tardes ao balcão do Gambrinus, apanhou intervalos do tempo em que a Moda Lisboa começava cedo.
Na Praia Grande, o brunch era uma sanduíche mista com tomate e alface no Angra. No Alentejo, era aquela pasta de atum do Bar da Luz na praia do Carvalhal.
Enfim, hoje decidi recuperar um “brunch” da minha adolescência - ovos mexidos com tomate (receita simples, os ovos são misturados e batidos com tomate cortado em pedaços bem pequeninos, cozinham-se em azeite com sal e pimenta, o ponto é a gosto, para mim bem passado...) – mas acrescentei-lhe consistência: algumas fatias finas de presunto pata negra (cura de 18 meses, levezinho), espargos brancos cortados grosseiramente, um fio da maionese, cebolinho cortado fino. Tostas de pão de Mafra.
A companhia ideal para este pratinho é uma blanche Hoegaarden, que sendo mesmo cerveja até leva coentros e casca de laranja...
Bom, até à hora do jantar, está feito. Um bom domingo.