Uma lição barata
"Na realidade eu não poderia, com coerência, ficar bem comigo mesma, receber um prémio literário que me honra tanto (...) das mãos de uma pessoa que está empenhada em destruir o nosso país”.
Isto disse Maria Teresa Horta, que recusou receber das mãos de Pedro Passos Coelho o Prémio D. Dinis.
Uma nota apenas. Não fica bem a uma mulher que se diz de esquerda menosprezar umas das riquezas maiores da democracia: a que legitima o exercício do poder por aqueles que o povo livremente elegeu. Não fica bem, resvala para um maniqueísmo muito pouco democrático e é, no fim de contas, uma lição barata de moral política. Dispensável, portanto, em tempos que pedem mais assertividade e menos demagogia.