13
Mar08
Histórias da vida normal (depois da IKEA)
Li numa revista de economia que a Moviflor tinha repensado o seu lugar no universo do comércio de mobiliário e estava modernizada, com design, soluções mais próximas da concorrência, e que a nova loja de Alfragide era um mimo.
Fui lá. Tinha muito mais vendedores do que compradores. Ouvi uma funcionária dizer a um presumível amigo: “Aqui não nos falta trabalho, faltam-nos é clientes”. Perguntei se havia em branco o que vi em castanho, explicaram-me que o que tinham “era o que estava à vista”. Ou seja: sem gosto, sem variedade, sem flexibilidade, e numa exposição montada à pressa onde tudo parecia de qualidade duvidosa.
Avancei sobre o bairro de Alvalade, onde me lembrava de haver muitas lojas que anunciavam o fabrico de roupeiros por medida e moveis de todos os géneros. A maioria dessas lojas fechou depois de abrir a IKEA, resta o eterno Barros & Barros, que me prometeu orçamentos (“ainda para”) esta semana. Noutra casa da Avenida de Roma, um primeiro orçamento “a olho” registou um preço três vezes mais caro do que a IKEA, e com um prazo de entrega acima dos 30 dias...
Ainda me lembrei do Kit Market e passei por lá – mas no seu lugar, nas Olaias, nasceu uma loja de roupa barata, onde comprei uma camisa por 7,90 euros. Não resta nada, e os preços da casa mãe, a Dimensão, onde estive de passagem há menos de um ano, puseram-me a salvo até da clássica visita de prospecção.
Ao final da tarde, aproveitando o treino de futebol do meu filho, dei um pulo ao Colombo, e verifiquei que a palavra “Roupeiro” é tão desagradável para mim quanto para a Área.
Sinto-me fora de moda e fora de tudo.
Mas depois desta ronda de 48 horas (é conveniente ler o post de ontem para se perceber o de hoje...), percebi o sucesso da IKEA em Portugal e o seu plano de expansão, que prevê mais duas lojas na área de Lisboa nos próximos anos, além das aberturas a Norte e a Sul. O preço, a qualidade e a eficácia do processo arrasam qualquer concorrência – que parece oscilar ordeiramente entre a falência e a resistência surda-muda. Não há volta a dar, mesmo quando um qualquer Pedro do mundo se irrita porque ninguém o ajuda a carregar 400 quilos do mais comum e pequeno-burguês contraplacado...
Fui lá. Tinha muito mais vendedores do que compradores. Ouvi uma funcionária dizer a um presumível amigo: “Aqui não nos falta trabalho, faltam-nos é clientes”. Perguntei se havia em branco o que vi em castanho, explicaram-me que o que tinham “era o que estava à vista”. Ou seja: sem gosto, sem variedade, sem flexibilidade, e numa exposição montada à pressa onde tudo parecia de qualidade duvidosa.
Avancei sobre o bairro de Alvalade, onde me lembrava de haver muitas lojas que anunciavam o fabrico de roupeiros por medida e moveis de todos os géneros. A maioria dessas lojas fechou depois de abrir a IKEA, resta o eterno Barros & Barros, que me prometeu orçamentos (“ainda para”) esta semana. Noutra casa da Avenida de Roma, um primeiro orçamento “a olho” registou um preço três vezes mais caro do que a IKEA, e com um prazo de entrega acima dos 30 dias...
Ainda me lembrei do Kit Market e passei por lá – mas no seu lugar, nas Olaias, nasceu uma loja de roupa barata, onde comprei uma camisa por 7,90 euros. Não resta nada, e os preços da casa mãe, a Dimensão, onde estive de passagem há menos de um ano, puseram-me a salvo até da clássica visita de prospecção.
Ao final da tarde, aproveitando o treino de futebol do meu filho, dei um pulo ao Colombo, e verifiquei que a palavra “Roupeiro” é tão desagradável para mim quanto para a Área.
Sinto-me fora de moda e fora de tudo.
Mas depois desta ronda de 48 horas (é conveniente ler o post de ontem para se perceber o de hoje...), percebi o sucesso da IKEA em Portugal e o seu plano de expansão, que prevê mais duas lojas na área de Lisboa nos próximos anos, além das aberturas a Norte e a Sul. O preço, a qualidade e a eficácia do processo arrasam qualquer concorrência – que parece oscilar ordeiramente entre a falência e a resistência surda-muda. Não há volta a dar, mesmo quando um qualquer Pedro do mundo se irrita porque ninguém o ajuda a carregar 400 quilos do mais comum e pequeno-burguês contraplacado...