O Presidente da Republica quis debater o desinteresse dos jovens pela política. Já houve quem, com talento, como a Ana, lhe explicasse que o desinteresse não era juvenil, era nacional e transversal. Faltará apenas acrescentar que a lógica das relações humanas me parece excelentemente aplicada a este propósito: as pessoas interessam-se pela política na exacta medida em que a politica se interessa pelas pessoas. Ora, tanto quanto vejo daqui do meu cantinho, a política interessa-se pouco ou nada pelas pessoas, salvo quando precisa de um voto e o troca por algumas promessas, e no dia-a-dia para disfarçar a sua inépcia e incompetência com taxas e impostos. Tem a reciprocidade que merece. Eu lamento, mas não posso deixar de compreender.
Duas
É ridículo o estardalhaço que por aí se faz com os cigarros fumados a bordo do avião governamental. Parece que há falta de assunto nos media - o que me parece, no mínimo, desatenção ou negligência. Mas o exagero nas notícias não anula o essencial que lhes está subjacente: além de governarem, coisa que fazem como bem sabemos, só pedimos aos que nos governam que sejam o exemplo das leis que defendem e promulgam. “Eles” não querem saber disso.
Três
É uma frase corriqueira: em equipa que ganha não se mexe. Nos últimos anos, ainda que vencedora repetida e militantemente, a equipa que produz o jornal “Correio da Manhã” entendeu o contrário: em equipa que ganha, mexe-se. E o jornal dirigido por Octávio Ribeiro tem conseguido consolidar a liderança da imprensa diária ao mesmo tempo que introduz regularmente melhorias no seu conteúdo, organização, grafismo. Ontem arejou o design global do jornal. Para melhor, uma vez mais. O sucesso do “Correio da Manhã” prova que é possível fazer um jornal popular sem deixar de fazer um bom jornal. A actual direcção é a responsável por essa lição.
Gisela João O doce blog da fadista Gisela João. Além do grafismo simples e claro, bem mais do que apenas uma página promocional sobre a artista. Um pouco mais de futuro neste universo.
Uma boa frase
Opinião Público"Aquilo de que a democracia mais precisa são coisas que cada vez mais escasseiam: tempo, espaço, solidão produtiva, estudo, saber, silêncio, esforço, noção da privacidade e coragem." Pacheco Pereira
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