O arrefecimento do aquecimento
Qualquer português que leia jornais sabe quão verdadeira é esta ideia. Especialmente este ano: depois “deles” (adoro o uso do pronome “eles” quando nos referimos ao Instituto de Meteorologia...), repito, depois “deles” terem avisado a nação de que o Verão de 2008 ia ser dos mais quentes de sempre, que se temia o pior na floresta, que os velhinhos iam morrer quem nem tordos, e que Portugal secaria de Norte a Sul, veio então a realidade e saiu tudo do avesso: este terá sido um dos Verões mais frescos das últimas décadas, com uma média 1,29 graus abaixo dos valores normais para a época...
Lembrei-me muito de Patrick Michaels durante as férias, sempre que acordava pela manhã e sentia o fresco em vez do quente, um ou dois dias a chuva em vez da secura, e as nuvens no lugar do céu.
E também estranho tudo o que se diz diariamente sobre o abismo climático para que a humanidade caminha a passos largos. “Eles” nem sabem “adivinhar” o Verão, quanto mais o futuro...