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Pedro Rolo Duarte

08
Mai09

Maizena: por fim, a receita

Tenho ouvido falar muito da farinha Maizena, da “papa Maizena”, e acho que foi no Público que li uma matéria onde se dizia que estávamos perante mais uma gaffe do Ministro Pinho, dado que as crianças comiam era Cerelac e Nestum, e nada de Maizena.

Está na hora de repor a verdade dos factos.

Com a Maizena faz-se a famosa “Farinhota” – famosa pelo menos cá em casa, desde que a minha mãe a inventou (inventou, acho eu, isto é um blog, não é um jornal, não vou telefonar-lhe às 10 da manhã a “confirmar”...), lhe deu o nome, eu a devorei anos a fio, e agora o meu filho me pede encarecidamente aos pequenos-almoços de fim-de-semana.

A minha mãe faz a olho, e eu a olho vou fazendo. No limite, pode ficar às vezes um pouco mais espessa – quando tal sucede, chamamos-lhe “cimento Maizena” – mas sempre saborosa. Assim:

Mais ou menos duas colheres de sopa da Farinha Maizena num tacho, e leite em dose generosa (mais ou menos o equivalente a um prato de sopa bem cheio). Em frio, a Maizena e o leite são desfeitos à mão com uma colher de pau. Corre bem, não ficam grumos.

Segue para o lume brando, com duas cascas de limão, e é sempre mexido até que se sente engrossar, sinal de que cozeu. Quando começa a engrossar a operação é rápida: açúcar a gosto (duas colheres de chá, mínimo), retira-se logo do lume, junta-se uma gema de ovo crua, mexe-se para misturar sem cozer, e deita-se num prato de sopa. Canela em pó por cima e... que delicia, meu deus, qual Cerelac, qual Nestum com mel...

Só tenho pena que se tenha voltado à farinha Maizena por causa do ministro Pinho, porque a Maizena também “dá” um excelente bechamel e mais uma série de coisas que ficam para outro dia. Mas enfim: há factos que não se conseguem evitar.

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