Eu, como pai
Sobre o episódio da professora de Espinho, que se tornou vírus informativo do dia, noto que:
1. Quem não tem filhos, ainda se lembra do argumento da gravação ilegal, às escondidas, de uma aula – e de como isso convoca sentimentos relacionados com liberdade, direitos civis e normas em vigor nas escolas.
2. Quem, como eu, tem filhos, não pode deixar de ignorar olimpicamente tal facto perante o volume de som da única pergunta que interessa: a quem confiamos os nossos filhos?
É uma pergunta que nunca me abandona. E que vale uma gravação “à sorrelfa” (como diria o meu pai...): vale tudo o que vale para um pai a existência do seu filho.
"Temos pena", mas prefiro uma gravação ilegal nas mãos do que um professor louco a voar.