24
Mai09
O papel e o resto
Às vezes complicamos o que é simples: no post de ontem, independentemente de achar mesmo que eles parecem, neste instante, feitos um para o outro (e talvez isso não seja bom para qualquer deles…), o que eu queria dizer era simples. E era isto: tudo o que de relevante se passou naquele bocado de tempo que mediou entre sair do jornal e deitar-me, soube por pessoas, sms e internet. Nem um jornal, nem um canal de televisão, nem uma estação de rádio. É esse o mundo em que vivemos hoje…
… Felizmente, “num instante tudo” ganha novas dimensões. E foi bom passar um bocado da tarde de ontem “enrolado” em jornais a ler matérias excelentes. A saber, sem qualquer ordem, ao sabor da memória:
- A crónica do Miguel Sousa Tavares no Expresso
- A crónica do Miguel Esteves Cardoso no Público
- A crónica do Pedro Mexia no Público
- A entrevista ao Tim, do Helder Beja e da Joana Stichini Vilela, no i
- A reportagem do Augusto Freitas de Sousa sobre Oliveira e Costa na prisão, no i
- A entrevista a James Watson, de Marta F. Reis, no i
- A reportagem “Mouse ao Alto”, na Veja, sobre o crime informático
- O especial da Wallpaper sobre a China
- A troca de cartas/ideias sobre o futuro da imprensa na Prospect
… Li mais, mas deixo estes exemplos para completar a reflexão: tudo bem, não preciso mais de jornais e papel impresso para saber noticias – mas o prazer de ler uma boa crónica, uma reportagem, uma análise, enfim, o prazer de ler ainda está nesse “hardware” inexplicavelmente perfeito a que os antigos chamaram papel. E os novos, curiosamente, também.