Assim de repente, ocorre-me:
O que Isaltino fez ontem foi aproveitar, em proveito próprio, as prerrogativas que a justiça disponibiliza para corrigir eventuais erros judiciários. Decidiu seguir o “quem não deve, não teme” – mas esqueceu-se que o poder judicial é autónomo e independente, dando a entender que estava numa batalha politica. Ou seja, confundiu e baralhou tudo deliberadamente. Poeira para os nossos olhos, portanto.
Sucede que, com ou sem provas factuais, as contas na Suíça, o cheque dos 4 mil contos e as alterações na volumetria dos edifícios que estiveram em “debate” são suficientes para demonstrar que ele não é propriamente um exemplo a seguir. Um politico sério, e que se quer fazer respeitar, teria a obrigação ética e moral de sair de cena e esperar o fim da festa.
A Isaltino de Morais, dá-lhe igual. Manuela Ferreira Leite acha que não é o momento para este debate. E o PS deve estar a assobiar para o alto.
Depois espantam-se com a abstenção, a corrupção, a chico-espertice, e o mais que sabemos... Ontem foi mais um dia para lamentar na pobre democracia nacional.