01
Fev10
Uma revista séria no bordel
Esta edição do Economist parece feita de propósito para o meu amigo Miguel Sousa Tavares: além da história do I-Pad que faz esta divertida capa, a revista inclui um dossier de 20 páginas sobre redes sociais onde não apenas se traça um completo e rigoroso panorama do estado das coisas (e do seu historial), como se explicam vantagens, oportunidades e virtudes do Facebook, do Twitter, dos Blogues, entre outras plataformas. Sem dramas, sem exageros, com a marca distintiva do Economist e o olhar desapaixonado de quem se interessa pela relevância do fenómeno, pela possibilidade de negócio que convoca, e pela evidência da sua popularidade. Não vale a pena tapar o sol com a peneira: é de uma revolução que se trata e quem não estiver dentro dela, vai ficar para trás. Para trás do sol posto…
No outro dia encontrei o Miguel na redacção do “i” e ele perguntou-me, alto e bom som, se eu continuava a frequentar “esse bordel que é o Facebook”. Já não tenho paciência para explicar-lhe o que é o Facebook nem me atrevo a contrariar quem ficou preso a uma qualquer ideia-feita – mas tenho esperança que o Miguel leia uma revista séria. E perceba.
O Economist, Miguel! Ao que isto chegou.