Quatro anos
Um dia, uma ex-fumadora, mãe de duas filhas, disse-me: “O Pedro pode não acreditar, mas quando me perguntam qual o dia mais importante da minha vida, muitas vezes hesito na resposta: o dia em que deixei de fumar é tão forte na minha existência quanto os dias em que nasceram as minhas filhas. Só quem já fumou e venceu o vício pode perceber o que digo”.
Confesso que me pareceu absurda a comparação e claramente exagerada. Mas na altura ainda fumava os meus dois e meio, três maços por dia.
Neste 4 de Abril, passam quatro anos sobre o dia em que me impedi de fumar. Tenho a tentação de dizer que este é seguramente um dos dois ou três dias mais relevantes da minha existência.
Doze quilos mais tarde, tenho orgulho na obra. E vou continuar.