Coisas que me encanitam (VI – agora, Verão)
Julgo que vai ser preciso criar uma comissão. Ou um gabinete. Ou um grupo de estudo. Mas alguém vai ter de o fazer (e eu, se faz favor, gostava de fazer parte, se não for pedir muito). O Verão ainda vai a meio, por mim podem dispor.Então é assim (como se fosse num reality-show): quanta quantidade de cerveja leva uma “imperial”? Ou um “fino”, se preferirem?
Como é possível num país civilizado, que tem ASAE por tudo e por nada, e Instituto de Conservação da Natureza, e Provedores, e PGR, e pertence à mesma Europa que normaliza o tamanho das batatas e dos morangos e das maçãs, repito, como é possível que uma imperial possa ter 20 centilitros de cerveja aqui, 25 ali ao lado, e generosos 30 centilitros nos mais decentes locais?
Mais, como é possível que as próprias marcas de cerveja - nomeadamente as sempre bem vindas Sagres e Super-Bock – comercializem copos de diferentes dimensões para o mesmo final “fino”. Não estou a falar de canecas nem de girafas, nem de tulipas do Gambrinus – estou a falar de “imperial”. Ou imperiais, porque nunca é só uma. Eu próprio, recente proprietário de uma máquina de tirar imperiais em casa, tenho dificuldade na aquisição dos copos a usar. Nunca sei se os de 25 cl são forretas face aos de 30, mas também já vi imperiais com 33 cl…
Por fim, e é de somenos mas às vezes é de mais: o preço. Parece diferente pagar um euro por uma imperial de 25 cl numa esplanada a armar, ou ir à tasca da esquina pagar 80 cêntimos por uma imperial de 20 centilitros. Mas afinal é o mesmo: dá sempre quatro euros por litro. Um roubo.
Não há quem ponha ordem nisto?