O fado do Presidente
Em diferentes momentos da vida profissional, estive em desacordo – mesmo em campos opostos... – com Óscar Mascarenhas, que estava no DN nos bons tempos do DNA e muito me moeu a cabeça por causa da carteira profissional (ou da falta dela...), entre outros “pormenores” do dia a dia. Reencontrei-o num tribunal, há pouco tempo, e estávamos os dois do mesmo lado. Gostei disso.
Leio-o com regularidade - e lá está, consigo discordar dele com metódica regularidade. Mas quando concordo, oh meu deus, é de caras: “O assim-chamado «presidente de todos os portugueses» não é, pelo menos, de «todos os fadistas»: tem a sua favorita, a sua Salomé que, não recebendo cabeças em bandeja, se contenta com um simpático cheque.
Maravilhoso exemplo para a juventude sonhadora e idealista: apoia aquele, que ficas logo a ganhar! Faz pela vida, pá! É o toque de Midas de Cavaco: apareça quem tenha ficado mais pobre depois de o ter servido”.
No momento em que se fala do BPN e dos amigos do candidato Cavaco Silva, esta crónica é tudo o que apetece ler, até por parecer conter em si a chave do “caso” do Banco.
Além disso, a peça está escrita num português de ironia fina, e ao mesmo tempo retorcida, que são justamente os melhores defeitos e qualidades do Óscar Mascarenhas que conheci no Diário de Noticias. É favor ler na íntegra aqui no Jornal de Notícias.