O fisco cego e a justiça de olhos bem abertos
Temos então a história de Augusta Duarte Martinho, que morreu há nove anos em casa, sozinha, e só agora foi encontrada, porque tinha uma divida fiscal de 1400 euros e viu a sua casa penhorada e leiloada (ler na integra aqui). E temos ao lado dezenas de histórias de tribunal sobre incidentes judiciais, recursos, contradições, anulações, repetições, desaparecimentos de provas, enfim, o disparate que é conhecido.
O que é que daqui resulta? O maior dos equívocos que uma democracia nos pode oferecer: a justiça, que devia ser cega, vê demais, enquanto o fisco faz de conta que é justo e mostra-se cego.
Para comédia, em negro não está mal.