Decadência (Primeira parte? Ou centésima?)
“Fechar a boca” será, portanto, um estádio superior de luta, que (me) prometo iniciar em breve.
Para já, tentando contrariar ligeiramente esta realidade, e depois de um longo período de deliberada e por isso dedicada negligência, comprei um par de ténis, um podómetro (aparelho que mede os quilómetros que fazemos a andar ou a correr), e tenho andado todos os dias a fazer quilómetros em passo firme junto ao rio.
Como nunca fui dado a estes cultos do corpo, comecei com uma sessão ligeira de 10 minutos. Aumentei para 20. Já vou nos 30 minutos, mais ou menos 3 quilómetros. Vou bem.
Primeira: ao contrário da imagem que as revistas passam e que a minha imaginação contemplava, os que andam a caminhar e correr à beira rio são pessoas normais, algumas até obesas, e a esmagadora maioria pode considerar-se feia. Nada de manequins deslumbrantes ou longos cabelos a esvoaçar. Uma desilusão.
Segunda: as lojas de desporto, que agora se multiplicam por todo o lado, estão repletas de pessoas normais, algumas até obesas, e a esmagadora maioria pode considerar-se feia. Nada de manequins deslumbrantes nem longos cabelos (neste caso sem esvoaçar, mas ainda assim louros ou pelo menos com reflexos brilhantes...).
Confirma-se, portanto, o pior que em pesadelos julguei ver: só anda nisto quem precisa. E quem precisa não se recomenda. Lamentável, o estado a que cheguei.