18
Jan08
“Deja vu”
Leio no “Público” um relatório sobre o “colapso da justiça” em Portugal: “uma justiça lenta é tão injusta como uma justiça cara”.
Infelizmente, no entanto, o problema nacional está duplicado: temos uma justiça lenta e cara.
Leio depois, no “Correio da Manhã”, o essencial do despacho de acusação do Ministério Público aos (agora) arguidos Fontão de Carvalho, Eduarda Napoleão e Carmona Rodrigues. As acusações são duras e muito claramente expressas. Noto, evidentemente, a presunção de inocência até ao fim do julgamento. Como de costume, os suspeitos dizem-se “de consciência tranquila”. Acho que lhes fica bem.
Mas o real prejuízo de 41 milhões de euros que a cidade de Lisboa sofreu não é inocente. Alguém é responsável em algum momento e em algum lado...
A justiça lenta e cara vai entrar em acção. Tenho, nestes momentos, aquela sensação de deja vu ”: agora, o processo vai morrer lenta e paulatinamente em grossos dossiers cheios de actos processuais, burocracias, autos, requerimentos, instruções, clausulados, recursos, notas, deferimentos, arrolamentos, depoimentos, audições, regulamentos.
Infelizmente, no entanto, o problema nacional está duplicado: temos uma justiça lenta e cara.
Leio depois, no “Correio da Manhã”, o essencial do despacho de acusação do Ministério Público aos (agora) arguidos Fontão de Carvalho, Eduarda Napoleão e Carmona Rodrigues. As acusações são duras e muito claramente expressas. Noto, evidentemente, a presunção de inocência até ao fim do julgamento. Como de costume, os suspeitos dizem-se “de consciência tranquila”. Acho que lhes fica bem.
Mas o real prejuízo de 41 milhões de euros que a cidade de Lisboa sofreu não é inocente. Alguém é responsável em algum momento e em algum lado...
A justiça lenta e cara vai entrar em acção. Tenho, nestes momentos, aquela sensação de deja vu ”: agora, o processo vai morrer lenta e paulatinamente em grossos dossiers cheios de actos processuais, burocracias, autos, requerimentos, instruções, clausulados, recursos, notas, deferimentos, arrolamentos, depoimentos, audições, regulamentos.
... E a notícia segue também o seu curso: depois de ser manchete, será pequena noticia, breve, um registozinho algures numa página menor. Até desaparecer sem deixar rasto.
A justiça é lenta, cara, e muito injusta.
Entretanto, os inocentes lisboetas pagam diariamente, de todas as formas possíveis, e antecipadamente, as “custas” dos processos, os prejuízos e os juros respectivos.
Mais do mesmo, portanto.