Eu, português, 43 anos, sobrevivente a recibos verdes, que todos os meses pago 200 euros de segurança social para viver na maior das inseguranças, que senti a minha qualidade de vida baixar consecutivamente nos últimos anos, não consigo ver o país como o primeiro-ministro José Sócrates vê. Posso perceber que, da janela do seu quarto, veja Portugal com optimismo, mais emprego, recuperação económica, confiança, bem-estar, segurança. Ele vê, e eu acredito que esteja a ser honesto. Gostava que percebesse que eu vejo um país bem diferente. Não trabalho para a Sonae nem para o jornal Público. Não sou militante de qualquer partido e até votei no PS nas últimas eleições. ... Mas o país que vejo tem centenas de milhares de desempregados – um número “ligeiramente” superior aos 90 mil postos de trabalho que o Governo terá criado -, não se sente seguro nas ruas nem seguro na saúde, menos ainda na justiça, não me parece confiante nem vê na carteira os efeitos desse extraordinário controlo do défice. Também não vê a despesa pública baixar. Nem o rendimento subir. (Os números, aliás, têm esse efeito perverso: pode até haver uma galinha para cada dois cidadãos, mas isso não faz de mim proprietário de uma saborosa meia galinha. O “outro” pode tê-la comido inteira...) Além disso, esse Portugal onde eu vivo ganhou nos últimos anos uma generosa dose de desconfiança sobre os políticos, em geral, e sobre os Governos, em particular – com razões transversais que vão dos Casinos aos Aeroportos, passando pelos cargos públicos a que se sucedem os cargos privados. Se calhar os portugueses “do lado de cá” da janela de José Sócrates vivem num outro mundo. Mas convém recordar ao primeiro-ministro que, ainda assim, são estes portugueses que votarão daqui a ano e meio. E vão fazê-lo em função do país em que efectivamente sentem que vivem, e não do país em que o primeiro-ministro garante que vive.
Por razões que não interessam ao “post”, estive ligado, numa fase pré-histórica, ao programa “Depois do Adeus”, que ontem Maria Elisa estreou na RTP-1. Ainda que a ligação seja ténue – só temperada até hoje pela amizade que me une à autora e apresentadora -, não quis perder a estreia do projecto. E deliciei-me com a forma excelente em que a profissional se encontra. E com as boas ideias que o programa concretizou. E com o resultado final. Lembro-me de ouvir Maria Elisa falar do ténue fio que separa a emoção da lamechice, lembro-me do perigo de convocar para o cenário o drama gratuito e sem consistência. Lembro-me dos receios. Mas o que vi esta noite foi uma lição exemplar dessa mistura fina entre a emoção, o sentimento, a raiz, e o jornalismo de serviço público que debate o tema para lá desse lado humano, que equaciona o passado e olha o futuro, que analisa o presente e estabelece todas as pontes. Maria Elisa tem a fama e o proveito de um saber raro na nossa televisão: a conjugação do particular com o geral, do privado com o público, do popular com o académico. Só tenho pena do dia e horário escolhido – o domingo à noite pediria, digo eu, programação mais leve. Mas isso já são outras contas deste rosário. Para memória futura o que fica é um programa que evocou, discutiu, perguntou, alertou, ouviu, mostrou. Ou seja, um programa de televisão no que a televisão pode ter de melhor.
Esta noite sonhei que conseguia uma mudança na lei do jogo, "totalmente imperceptível" e "insusceptível de ser interpretada como relacionável com a clarificação da situação" financeira em que me encontro. Esse retoque suave na legislação teria uma “formulação genérica e abstracta” – tipo, “os números da aposta no Totoloto com a matriz 045-03401605, de 16 de Fevereiro, são automaticamente gratificados com o primeiro prémio integral da semana” –, e passaria despercebida aos olhos dos papalvos, que são vossas excelências, os portugueses, “quer pela simultaneidade da sua publicação com as demais alterações de artigos do mesmo Decreto-lei, quer pela sua, insusceptível de ser interpretada como relacionável com a clarificação da situação concreta”. Esta noite sonhei com um país onde toda a actividade económica, obviamente regida pela classe política, era legislada de forma "totalmente imperceptível" pela cambada de atrasados mentais que habita o rectângulo.
Eles, inteligentes, espertos, lá em cima, a legislar com “formulação genérica e abstracta”. Para que nós cá em baixo, otários, pudéssemos continuar a viver exultantemente a abertura do Túnel do Rossio, as promoções do Lidl, os baldes de plástico oferecidos na compra de uma esfregona. Eles a pouparem-nos a trabalheira de perceber as maroscas que se divertem a produzir. Nós a viver felizes na ignorância. Que país maravilhoso, este com que sonhei. Depois acordei, li o “Expresso” e tudo ficou “perceptível”. Afinal não tinha sonhado, a não ser na parte que diz respeito ao meu boletim do Totoloto.
A RTP chega ao meio século no mesmo ano em que eu “faço” 20 anos de televisão. Duas décadas sobre a primeira vez que subi a velha rampa do Lumiar... A RTP já era parte da minha vida antes disso, e continua a ser para lá das aproximações e afastamentos que o tempo se tem encarregue de testemunhar. Nestes dias em que se recordam tempos idos, eu olho esta RTP que atravessou os tempos mais conturbados da História nas últimas décadas e o único sinal forte que reconheço é aquele que muitas vezes os números, as audiências, os momentos, acabam por maquilhar: é que a Televisão (como toda a comunicação) não existe enquanto entidade. Não é uma fábrica nem uma oficina. Não é algo que funcione independentemente de quem a faz. A RTP não é realmente a RTP, como o Diário de Noticias, por si só, não existe. Aqui não se fabricam parafusos. Bem pelo contrário: a televisão, a comunicação, é a soma de cabeças individuais que pensam, criam e produzem os conteúdos. Não é indiferente ter ali esta pessoa ou antes aquela – faz toda a diferença um nome, uma cabeça, um projecto. Por mais que o pragmatismo dos números tenha tomado conta do universo mediático, ele nunca vencerá o sorriso de um apresentador carismático, a lança em África de um projecto inovador, a ousadia de uma programação. Ao contrário do que sucede noutros meios, aqui as pessoas podem mesmo ser insubstituíveis. Custa admitir por quem prefere valorizar marcas, números e performances, mas é um facto... A RTP é a prova viva desta ideia: ameaçada ao longo dos anos por fenómenos tão diversos quanto o caos da revolução, o despotismo do poder ou o dinamismo dos canais privados, foi abaixo mas voltou sempre à tona de água - conseguiu dar a volta por cima e, como agora se diz, “chegar-se à frente”. Houve estudos? Certamente que sim. Houve método? É óbvio. Mas houve, acima de tudo, pessoas. Provavelmente, as pessoas certas, na hora e no local certos. Os media são brutais no que ao tempo diz respeito: quem hoje serve, amanhã é esquecido. É um princípio a que temos de nos habituar. Mas ele é tão válido para o pior dos momentos como para o melhor. Só isso explica que, ao virar os 50 anos, a RTP se apresente com o dinamismo e a frescura que ninguém há uns anos poderia adivinhar-lhe. E tudo se resume a uma palavra: pessoas. Quem quiser fazer bem comunicação, não vai poder dispensar os melhores ou reduzir tudo a números. Já era assim quando subi aquela rampa do Lumiar, em 1987. Era assim há 50 anos, mas não se sabia. Assim será no futuro, para o melhor e para o pior.
Ao sábado, reedições. Texto publicado em 2007, no DN. Com um excesso generoso de optimismo, talvez. Mas com a convicção de que “atrás dos tempos vêm tempos e outros tempos hão-de vir”.
No meio de uma conversa sobre o amor e as relações amorosas, e num daqueles momentos em que o discurso se espraia pelo passado e pelo presente, e como era o amor romântico e como é hoje o amor fugaz e efémero, e a sociedade de consumo e bla-bla-bla ...
Pediram-me a opinião e eu dei: O problema não é a mudança nas relações amorosas. Elas foram no passado como são hoje, mais coisa menos coisa. Também havia o “fogo fátuo” e a pura atracção física, havia a conquista pela conquista e a traição pelo prazer de violar regras de conduta. Havia amor proibido e a sua violação. Felizmente, a raça sempre foi mais imaginativa do que a limitada ideia dos sonhos dos pastores na montanha. Havia de tudo. Hoje há de tudo. A diferença chama-se democracia e liberdade. Dessa sábia mistura resultou uma feliz sociedade de conhecimento e informação. Hoje as coisas sabem-se, conhecem-se as relações, há estatísticas e estudos, fala-se abertamente. A vergonha ficou lá atrás. Não há mais homossexuais nem mais divórcios: há mais conhecimento sobre realidades que se procurou evitar décadas a fio. Hoje vive na claridade o que antes permanecia na obscuridade. Quando se revela o que permanecia escondido, ou silenciado, parece que nasce o que antes nem se sonhava. E então deitamo-nos a adivinhar mudanças, mudanças, mudanças, e a criar os presumíveis novos paradigmas. Pura ilusão, claro. O amor não mudou. Nem as relações. Menos ainda os sonhos. Nem os desejos. Nem a vida que nos resta para viver tudo o que amamos, sonhamos, desejamos. Felizmente.
A principal razão para passar dias a fio sem comentar a actualidade é a circunstância de, em boa verdade, não conseguir descobrir “actualidade” no que se passa.
Parece que ocorrem “coisas” aparentemente novas. “Factos”, até. Mas o que eu vejo são recorrências de recorrências de factos recorrentes que... se repetem.
Sinto que já escrevi sobre tudo o que parece ser “actualidade”. Corrupção, debate sobre o estado da Justiça, justiça e futebol, o estado do Estado, os rendimentos dos ricos, os fretes e os favores e os pagamentos de favores, a governação e a forma como. Corrupção, também. Despesismo do Estado e impossibilidade de controlo dos gastos públicos por conta dos jobs dos boys . Corrupção, também. Futebol e corrupção.
Hipocrisia politica. Falência da segurança social. Má governação militante e consecutiva. O problema do ensino. O problema da saúde. Corrupção, também. É o que eu digo: uma pessoa tenta que a actualidade rime com a novidade, mas não consegue. É apenas, e sempre, mais do mesmo.
Pode ser que um dia destes aconteça realmente algo. O Benfica ganhar. A justiça revelar-se. Um corrupto de colarinho branco ser mesmo julgado e mesmo condenado. Os portugueses não terem memória de galinha e serem gratos aos feitos que Scolari conseguiu. Qualquer coisa de jeito. E de novo.
Quando acordo, ligo o rádio e oiço os noticiários da TSF e da Antena 1. Anoto os temas dos fóruns de cada uma das estações. Bebo chá na sala, e vou picando a SIC-Noticias e a RTP-N. Depois recupero a minha peregrinação diária à blogoesfera para completar o trabalho de casa, que é a crónica para a rádio. No “Sapo” vou direitinho à “Banca dos Jornais” e vejo as primeiras páginas (boa parte delas já as tinha visto antes de dormir, na SIC Noticias), leio o que me interessa (ou o que me deixam). Quando finalmente saio de casa, estou a par do que se passa no mundo. Dispenso, por isso, a maioria dos jornais gratuitos, porque não me dá mais do que já sei. E da imprensa diária, que por vício profissional ainda compro, leio apenas opinião e reportagem. Ah, e fofocas, que me divertem sempre... Não me interessam as noticias, porque já não são – foram noticias... E é aqui que eu paro. Todos os dias me interrogo sobre a imprensa diária, praticamente um euro por jornal, e o caminho que leva. Interrogo-me muitas vezes sobre os semanários, as revistas, ao preço de 3 ou 4 canções no I-tunes (e as canções ouvem-se tantas vezes...). Acho sinceramente que há um trabalho profundo de reflexão, análise e reacção por fazer nos media. Por agora, chuta-se para a frente com DVD’s, faqueiros, cursos de línguas e o mais que houver. Tapar o sol com a peneira e fazer de conta que aquela remodelação gráfica veio mesmo a calhar. Jornais sem marketing e ofertas, nem pensar. Claro que sim. Mas é melhor antecipar cenários e fazer a pergunta: para quê jornais (ou revistas), se são quase residuais os que os compram pelo produto em si? Se um jornal vale o dobro da sua venda por oferecer um DVD, não vale ele próprio metade do que aparenta? Que negócio é esse, então? É claro que quando leio o “El Pais”, o “Le Fígaro”, o “The Guardian”, reconheço-lhes uma consistência global, e uma ligação a um tipo de informação privilegiada, que lhes apara o golpe diário de um preço a pagar. Mas acho que o meio a que ainda sinto que pertenço não percebeu o beco onde está metido E como tem de aprender a voar para sair dele.
Então fui com o meu filho ver a estreia lisboeta do musical “Peter Pan”. O espectáculo é sofrível - eu diria que é medíocre (à vista de qualquer musical com qualidade, como aqueles que o TIL produz) -, mas digo sofrível porque o António Maria gostou medianamente, e quando se trata de espectáculos dirigidos aos infantis, ou mesmo aos juvenis, acho que “eles é que sabem”. Mesmo. Por isso ficamos assim: sofrível. Calhou-nos, no entanto, esta infelicidade: ficámos sentados na fila seguinte a um grupo de jovens que devem ser actores ou candidatos a actores. Eram amigos do próprio “Peter Pan”, pois gritaram desalmadamente pelo protagonista no fim do espectáculo. Um dos miúdos, o “Nuno”, fartou-se da dar autógrafos, e o meu filho acha que ele deve ser da nova série dos “Morangos com Açúcar”. Da TV, com toda a certeza. Mas sem mais certezas. De todo o modo, eram jovens de, não sei, 18, 20, 23 anos, que assumiam a postura de quem pertence “ao meio”, conheciam muita gente, e foram alvo de fotografias, autógrafos e olhares. Como disse, ficámos à frente deles. E não ficámos bem. Aquele grupo sentou-se na plateia do Tivoli como se estivesse no café: falando alto, rindo, disparatando, sem a mais pequena dose de respeito pelos presumíveis amigos actores, e desprezando descaradamente a plateia. Elas falavam tão alto que eu percebi que uma curou a tristeza de ver uma amiga perder o namorado fumando “um charro” e sugeriu à vítima que fizesse o mesmo. Ouvi outra falar em “bezanas” e “mocas”. Isto, obviamente, enquanto no palco o elenco se esmifrava. O tal Nuno fazia as delícias das meninas imitando, a gozar, o protagonista do musical. Elas davam gritos quando eles apareciam, e eram capazes de fazer humor com os deslizes de qualquer das jovens actrizes, ridicularizando-as a um ponto que, presumo, nem nos tempos áureos do Parque Mayer se deveria assistir entre “artistas de primeira” e de “segunda”... Um quadro de miséria, foi isso. Quando o martírio acabou, eu olhei fixamente nos olhos deles, disse alto “deixa-me lá ver a cara destes rapazes a quem não ensinaram maneiras” – mas eles começaram a mexer nos telemóveis e a compor os decotes e as calças (ainda...) descaídas. Nas tintas. Ouvi uma dizer: “espero que agora haja comida, estou cheia de fome...”. À espera do croquete, portanto. Voltei para casa incomodado. Não propriamente por ter visto um grupo de adolescentes mal comportados num teatro – mas por ver naquele grupo uma projecção da geração que se segue. Pior do que a anterior. Menos educada. Mais arrogante. Vi naquela plateia do Tivoli uma versão diabolizada das histórias que ouvi os meus pais contarem sobre as vedetas do teatro de revista em Portugal nos anos 60 e 70, e das histórias a que assisti nos anos 80 e 90. Teme-se o pior? Teme-se o pior. Porque o erro se repete: ninguém avisa aquela miudagem que em breve vão estar outros rapazes e raparigas, noutras plateias, a rirem-se deles. E eles a envelhecerem tristemente no palco, ou ainda mais tristemente na solidão das suas vidas anónimas. Ou seja, ninguém lhes diz que a vida continua. E caminha sempre para o mesmo lado. (Mais rasca, Vicente, mais rasca. Tinha razão, Vicente.)
O meu começo de semana: vou para a Segurança Social com uma carta ameaçadora da Senhora Directora Distrital, Rosa Maria Teixeira Pimenta Araújo, que me “informa” (nem sequer duvida...) que eu estou em dívida para com a S.S. (o que isto me faz lembrar...), num generoso valor acima dos 500 euros, por não ter pago as minhas contribuições durante três meses de 2006. E que, caso não resolva o assunto em dez dias, me confrontarei com “cobrança coerciva da divida”. Perdi uma hora no meio dos arquivos pessoais e encontrei os recibos de pagamento desses meses validados pela própria Segurança Social (melhor ainda do que meros talões de multibanco...). Hoje, segunda-feira, perderei horas a chegar, tirar a senha, por fim sentar-me à frente de uma simpática funcionária que vai confirmar que eu paguei o que a Segurança Social diz que eu não paguei. Fará um papel ou assinará um documento, não sei, já não me lembro como foi da última vez (sim, não é a minha primeira vez...). Percebem porque é que eu falo, como falo, dos serviços do Estado? Percebem por que é que eu gostava que os funcionários, os tipos que criam os programas informáticos, as pessoas que gerem esses programas, as directoras distritais que assinam cartas taxativas... – enfim, percebem por que é que eu gostava que toda esta gente fosse avaliada e julgada como eu sou quando cometo um erro e com isso perco leitores, compradores, espectadores e dou prejuízo à empresa que me paga mensalmente? Eu sei que é como escrever no gelo: derrete e desaparece. A impunidade continuará à solta na Segurança Social – em todo o Estado - depois da manhã que vou hoje perder. Mas esta história do blog tem, entre outros, esse beneficio terapêutico: sempre um gajo desabafa.
Ele: Mas porque é que os fotógrafos vão todos ter com ela? Eu: Porque a conhecem. Ele: Quem é ela? Eu: É a ex-mulher do Jardel. Ele: (ele, excitado!) Do jogador, pai?
Eu: Sim... Ele: ...Mas ele joga agora no Beira-Mar, ou jogava...
Eu: Pois, mas ela é a ex-mulher dele...
Ele: E eles fotografam-na só por causa disso?
Eu: Sim, deve ser a profissão dela... ex-mulher de futebolista.
(Aqui o António Maria riu-se, que ele é miúdo com sentido de humor...)
Ele: Mais nada?
Eu: Bom, na verdade ela agora é noiva de um jogador de hóquei... Ele: Ah, por isso a jornalista lhe perguntava pelo vestido de noiva...
Eu: Sim, filho, e ela respondeu que era do Augustus... Ele: Porquê?
Eu: Porque deve ser oferecido na condição de ela dizer muitas vezes que é do Augustus... Digo eu, não sei...
Ele: Oh pai, como é que ela se chama?
Eu: Karen
Ele: Karen ex-Jardel?
Eu: Tem outro nome, mas não me lembro qual...
Ele: Esta jornalista está outra vez a perguntar pelo vestido de noiva...
Eu: Sim, António Maria, e depois? Ele: Nada, pai, não te irrites: estava a tentar perceber... Sabes que o Jardel até foi um grande jogador? Eu: Sei..
Ele: Nunca foi do Benfica, mas foi um grande jogador.
(Ele tinha toda a razão. Mas eu não sabia, nem sei, como explicar a um miúdo de 12 anos por que raio a Karen ex-Jardel, e agora noiva de um hoquista, era protagonista de um momento à nossa frente numa estreia de teatro. Eu passo os dias a ensinar ao António Maria que a notoriedade deve resultar de um qualquer talento, se me faço entender...)
PS – Parece que o Jardel já nem está no Beira-Mar, mas isso agora não interessa nada...
Gisela João O doce blog da fadista Gisela João. Além do grafismo simples e claro, bem mais do que apenas uma página promocional sobre a artista. Um pouco mais de futuro neste universo.
Uma boa frase
Opinião Público"Aquilo de que a democracia mais precisa são coisas que cada vez mais escasseiam: tempo, espaço, solidão produtiva, estudo, saber, silêncio, esforço, noção da privacidade e coragem." Pacheco Pereira
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