Brázio
Na quinta-feira passada, jantava com um grupo de amigos num restaurante do Bairro Alto e repentinamente vejo pela janela, a passar na rua, o meu amigo Augusto Brázio.
Ele também me viu, parou, entrou no restaurante e démos um longo abraço. Achei natural, não nos víamos há algum tempo. Se eu fosse menos negligente no olhar, no entanto, teria de imediato estranhado a camisa branca imaculada do Augusto e o olhar transbordante que ele exibia.
... Só reparei depois, quando ele disse, com uma alegria imensa, que tinha acabado de ganhar o prémio Visão-Bes, o mais relevante prémio de fotografia português, nem por acaso associado ao prestigiado World Press Photo.
Por razões longas de explicar, sinto uma felicidade especial com este prémio. O Augusto merece-o indiscutivelmente. A vaga sensação de que há uma velha equipa que continua, individualmente, a marcar pontos, tem um sabor mais doce.
Que bom, Augusto.