@ North Burleight
António Rolo Duarte @ North Burleight, Austrália, 29 de Março de 2012. Foto de Kain Swift.
Destaque do dia na revista Vert.
Uma boa noticia.
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
António Rolo Duarte @ North Burleight, Austrália, 29 de Março de 2012. Foto de Kain Swift.
Destaque do dia na revista Vert.
Uma boa noticia.
Ontem, no Correio da Manhã, o cantor Toy, “farto das notícias que continuam a afirmar que é pai de Gabriel”, desabafou: “Estou muito cansado disto tudo e acho inacreditável”. Interrogado sobre se se sente magoado, deu a mais brilhante resposta de sempre... ontem. Repare-se no português, na construção, na argumentação:
“Sinto-me muito magoado e já tive problemas até a nível de saúde. Tive um AVC e acho que isto tudo contribuiu muito para isso. Além do que, eu tenho família e houve muitas alturas em que me senti mal por eles”.
Mas quando pensava que a coisa ficava por ali, veio o Correio da Manhã de hoje e foi mais longe, numa entrevista a José Castelo Branco. O “actor” – assim se declara aquele ser – contou que a mãe Nini, de 90 anos, “ficou arrasada ao saber que o filho se envolveu numa orgia com um casal”: “Teve de ir de urgência para o hospital devido a complicações cardíacas”, “não aguentou o desgosto”. E na linha da pergunta a Toy, o CM interroga José: “Está a ter algum tipo de acompanhamento médico?”.
A melhor resposta de sempre... hoje:
“Sim, estou a tomar medicação. Fui a um neurologista, porque estou cheio de tremores, tenho uns tiques na cabeça”.
Já Luciana Abreu, é o que se vê na chamada de primeira página.
E ainda há quem me pergunte por que leio o Correio da Manhã.
O homem veio do símio
Acho isso lindo.
Mas têm alguns
Quinda estão vindo
(e a falta que já me fazem os seus tweets...
Porque no caso dele, o seu próprio aforismo
"Cuidado gente: a alma enruga antes da pele"...
... Não, não estava correcto...)
Ou muito me engano ou, neste momento, todo o Portugal é do Braga.
Imaginar que chegaríamos aqui...
Só há uma certeza sobre qualquer jogo de futebol: o árbitro é sempre odiado. Se fizer mal o seu trabalho, é odiado por isso. Se fizer bem, também. Se for parcial, é muito odiado. Se for imparcial, também.
Dito isto, não consigo perceber o interesse da imobiliária ERA em patrocinar os árbitros, fiscais de linha, até o quarto árbitro, nos jogos da Liga Portuguesa.
É masoquismo? Gosto em deitar dinheiro à rua?
Ou há estudos que provam a eficácia do acto tresloucado de associar uma empresa ao mais odiado dos profissionais que pisam a relva de um campo de futebol?
Alguma vez compraria uma casa a uma empresa que enfeita as camisolas dos árbitros de futebol? Eu não.
Enfim, poderia deixar mais algumas perguntas, mas não interessa nada. O futebol, como bem sabemos, tem demasiadas questões cuja explicação está para lá da mediana compreensão de qualquer de nós.
... Mas talvez o melhor seja saber que digitalizei as páginas a partir de um volume (amorosamente) oferecido. Que trazia numa primeira página o carimbo que aqui fica. E faz toda a diferença...
A mulher que está a ser agredida pelo grunho da PSP é a jornalista Patricia de Melo Moreira, fotógrafa da agência AFP.
Com o rigor do trato policial, acho que tenho mais medo dos policias do que dos ladrões. Mas confesso: não é de agora este sentimento de absoluta insegurança face à pequena autoridade.
Dizem os números que Tina Brown não estará a conseguir dar a volta à revista Newsweek (pelo menos tão depressa quanto gostava...), na operação de fusão online com o seu The Daily Beast, e na edição em papel refundada e visivelmente melhorada. Nem por isso, no entanto, deixou o crédito da criatividade por mãos alheias: esta semana, e assinalando a quinta temporada da série de TV Mad Men, a revista chegou às bancas com o design e a estrutura de uma edição de 1965, justamente o tempo em que a fabulosa série vive.
A recriação, que inclui uma mistura de nostalgia e actualidade, é um daqueles momentos de ouro da edição de imprensa, uma “jóia rara”, provando que quem “matou” antecipadamente o talento de Tina Brown estava longe de acertar no alvo. A imaginação, a garra e o mais aguçado espírito jornalístico não são apanágio dos mais novos – são, isso sim, dos melhores. Há muitos anos que a Newsweek não vivia momento tão vibrantes, inspirados e inovadores. Uma lição para quem anda literalmente aos papeis por esse mundo (das revistas) fora...
Um jornal que, numa edição de um só dia, tem crónicas de Miguel Esteves Cardoso, Vasco Pulido Valente, Alexandra Lucas Coelho, e Frei Bento Domingues, uma entrevista de quatro páginas a Eusébio feita pelo próprio Miguel Esteves Cardoso, um excelente perfil de Jill Abramson, a mulher que manda agora no New York Times, um trabalho de fundo sobre adopção, outro sobre etnias em Portugal, uma reportagem (lá, no sitio) sobre a situação da Grécia, além das noticias do dia, de matérias mais pequenas, de outras crónicas, tudo impresso em bom papel, agrafado e aparado, e custa apenas 1,60 euros (ou seja, metade do Expresso ou da Sábado, e bem menos do que a edição de domingo do El Mundo), é ou não um oásis no deserto impresso que assola Portugal?
É. Chama-se Publico e era assim, mais coisa menos coisa, a edição de ontem.
(Estou à-vontade para escrever: nunca trabalhei ou colaborei no Público, e mesmo quando desejei fazê-lo fui prontamente posto em ordem e à distancia: “estamos muitíssimo "virados" para dentro”, respondeu-me a directora num gélido e educado mail).
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.