Coisas que nunca interessaram aos governos de Portugal
“O nosso principal falhanço foi não assegurar um nível de educação ao nível da escolaridade obrigatória. A qualidade de um país é criada ao longo de gerações pela média do país. Não são as elites que criam o país. A média do país é o lastro do país. Para nós é critico assegurar que a esmagadora maioria das pessoas tenha acesso a uma educação e elevar o nível geral do país. Nesse aspecto falhámos rotundamente. Quer em relação à média dos países da Europa quer face às economias dos países emergentes. (...) É verdade (que) há mais pessoas com acesso ao ensino (superior), o que se reflecte em maiores despesas em educação. Mas o nosso problema é um problema de qualidade. (...) Deveríamos lançar programas que ao fim de duas décadas tivessem como consequência existirem professores altamente qualificados e melhores alunos, capazes de dar saltos qualitativos no futuro. Serão essas pessoas as mais preparadas. Isso leva 15 a 20 anos e preparar. É uma questão estratégica para o país”.
Horta Osório, entrevista ao Expresso.