Quantas vidas tem uma banda rock?
Foi esta a pergunta que me ocorreu no sábado, em pleno hipódromo de Cascais, quando fui surpreendido com o concerto dos GNR no âmbito do festival Remember. Fui lá parar (em boa companhia, é certo…) um pouco às escuras, só sabia que ía ver os velhinhos Waterboys – cujos temas “A Girl Called Johnny” e “The Whole of the Moon” tanto animaram os programas de rádio que fiz nos anos 80… - e de repente estou de caras com o Rui Reininho em plena forma (e com que voz…), e com uns GNR absolutamente arrasadores na energia em palco, na forma como recriam alguns dos seus clássicos (o “novo” “Sete Naves” é esmagador), no profissionalismo e entrega à prestação, e mesmo na construção de um alinhamento precioso para um espectáculo de festival rock, arriscando na “Pronuncia do Norte” tanto quanto acertando em pleno nos clássicos “Video Maria” ou “Morte ao Sol”.
A morte dos GNR já foi anunciada muitas vezes – mas foi exagerada a noticia. Continuam manifestamente vivos – e arrisco-me a dizer que estão mais vivos agora do que em muitas vidas passadas.