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Pedro Rolo Duarte

12
Nov14

Serei um visionário?

Há quatro anos, ainda Carrilho e Bárbara constituiam casal de revista cor-de-rosa, escrevi este post - por razões do foro público mas, ainda assim, caracterizando claramente o ex-ministro, agora mais ex-marido do que outra coisa qualquer. Uns anos antes, nas páginas do DNA, mandei-o literalmente à merda, por me ter difamado num livro sobre a sua derrota nas eleições autárquicas, acusando-me de fazer parte da "conspiração" que estragou a sua anunciada e óbvia vitória.

Agora, ao saber da Conferência de Imprensa que o senhor decidiu dar (muito bem contada aqui pela Rosa Ramos e a Kátia Catulo), percebo quão visionário terei sido em 2010. E concordando em absoluto com este post da Isabel Moreira, deixem que me repita:

"Eu acho que o Dr. Manuel Maria Carrilho devia inscrever-se com urgência na Associação Portuguesa de Apoio à Vítima. No seu caso, mereceria até um Dia Internacional. Ou uma presença na rubrica “eu vivi um momento dramático” das tardes da TVI".

 

10
Nov14

Muito cá de casa

tpc foto am.jpg

Esta semana volto a ocupar a cadeira do Tanto Para Conversar, na RTP-2, pelas 23:20. Algumas das conversas são inéditas, outras já foram para o ar e repetem agora.
O critério que escolhi para esta série de programas foi aquilo a que chamei “Geração de 74” - isto é, gente que nasceu ali entre 1972 e 1976, cresceu em liberdade, e está hoje mais ou menos a meio da vida activa. Alguns estão no poder, outros no auge, mas todos têm um olhar sobre Portugal, e uma vida com histórias para contar.
A saber:
- Hoje, segunda: a cantora Mafalda Arnauth
- Amanhã, terça: o ex-futebolista Costinha
- Quarta, dia 12: a especialista em coaching feminino Silvia Baptista
- Quinta, dia 13: a psicóloga e politica Joana Amaral Dias
- Sexta, dia 14: o cantor David Fonseca
É escolher, ou procurar depois na RTP-Play
(A foto é do meu filho António Maria, tirada durante a gravação da conversa com Nuno Costa Santos, que há-de ir para o ar lá mais para a frente…)

09
Nov14

A gritaria da Vodafone

Se me perguntassem qual era a maior agressão que a vida moderna me faz, nem hesitaria na resposta: o ruído. Do barulho das chávenas e pires que se empilham numa pastelaria à gritaria com que as pessoas gostam de demonstrar a sua felicidade nos jantares de grupo, passando pela máquina de cortar relva no jardim aqui em frente, o ruído é uma agressão que me tira do sério e me violenta profundamente.
Já escrevi mil vezes sobre isto.
Se volto ao tema, é só para deixar este desabafo: se fosse cliente da Vodafone - já fui, hoje em dia não sou -, estaria neste momento a estudar tarifários para mudar imediatamente de operador de comunicações. Uma empresa que aprova uma campanha publicitária em que a única coisa que nos chama a atenção é a gritaria - “paaaiiiiiiiii!!!!” - de duas irmãs a disputarem o mesmo objecto, não deve desejar ter clientes. Eu fugiria a sete pés. Neste momento, falam-me em Vodafone e eu oiço crianças aos gritos. Vejo o logotipo da Vodafone, e lembro-me de crianças aos gritos. Recebo uma chamada “91”, e imagino gritos do outro lado.
A Vodafone, empresa que vende aparelhos e serviços que permitem que as pessoas comuniquem entre si, de preferência civilizadamente, acha engraçado, divertido, chamativo, atraente, eu sei lá, acha normal basear uma campanha de publicidade numa gritaria agressiva, incómoda, antipática, e anti-comercial. Sempre que o anuncio passa, atiro-me ao comando para cortar o som. Nem sei o que estão a tentar vender.
Ou cada vez percebo menos de comunicação, ou cada vez se comunica pior. Ainda por cima, aos gritos. Que pesadelo.

03
Nov14

Bipolar?

rua sem fim.jpg

Sempre que aterro no país real - ou seja, sempre que saio do meu casulo e ando por aí de metro, de comboio, nas tascas de Gaia ou da Almirante Reis, nos mercados sem “glamour” ou nas aldeias onde só a Sociedade Recreativa convoca algumas almas penadas, na Linha de Sintra ou nos passeios que faço pela margem sul, por entre fábricas falidas e barracas de pescadores de rio, enfim: sempre que me confronto com o universo que sai da minha zona de conforto (e faço-o regularmente, acreditem), chego sempre à mesma conclusão.
É esta: com ou seu crise, com ou sem Europa, persistem neste bocado de terra dois mundos diametralmente opostos. Um, finge que é moderno e cosmopolita; o outro, nem sabe disfarçar o atraso e a ignorância. Um, vive acima da terra; o outro, vive enterrado no lodo. Um, quer parecer o que não é; o outro, nem pensa nisso. Um, vive entre ser feliz e parecer feliz; o outro, só conhece mesmo a infelicidade ou a indiferença.
Dá-me ideia que vivemos num país bipolar. E pode ser esse o problema.

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Blog da semana

Gisela João O doce blog da fadista Gisela João. Além do grafismo simples e claro, bem mais do que apenas uma página promocional sobre a artista. Um pouco mais de futuro neste universo.

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Opinião Público"Aquilo de que a democracia mais precisa são coisas que cada vez mais escasseiam: tempo, espaço, solidão produtiva, estudo, saber, silêncio, esforço, noção da privacidade e coragem." Pacheco Pereira

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