Um génio
Estou farto de repetir isto: quando alguém escreve o que escreveríamos, melhor do que conseguiríamos, e antes de nós, o que nos resta é citar. Aconteceu mais uma vez, desta vez com um post do Diogo Leote no blog “Escrever é Triste”. E escreveu ele aqui:
“Nenhuma alma com um mínimo de sensibilidade pode ficar indiferente à genialidade de Benjamin Clementine. Repito: Clementine, ex–homeless senhor de uma voz colossal vinda das entranhas de uma adolescência difícil, pianista autodidacta tão ou mais exímio do que o mais qualificado dos pianistas clássicos, compositor e letrista das suas brilhantíssimas canções de solidão e desespero, é um génio absoluto, e o seu primeiro e único álbum até à data, At Least For Now, é uma obra-prima intemporal, que, depois de nós, os nossos filhos, netos, bisnetos e por aí fora ouvirão até à exaustão, estejam onde estiveram, mesmo que num planeta distante”.
Foi exactamente o que senti quando ouvi pela primeira vez Benjamin Clementine. E era o que escreveria, se o Diogo não tivesse escrito. Ainda bem que escreveu.