01
Jan16
Pronto, 2016
O fogo de artificio constitui uma boa metáfora para a mudança de ano. Um fogo fátuo sobre as nossas cabeças, um ilusório momento de luz e cor para as vidas cinzentas, uma espécie de areia para os olhos. Uns minutos do chamado “barulho das luzes”, um “me engana que eu gosto”.
Na segunda-feira, quando acordarmos, não há fogo que aqueça a verdade. Nem artificio que esconda a realidade. Nada terá realmente mudado.
Até lá, é deixar arder…
(A foto foi tirada em 2008, ano em que levei o meu filho a ver o fogo de artificio de Portimão, que me venderam ser o melhor de Portugal. Não me lembro se foi, mas lembro-me que ele gostou. Era o objectivo.)