O ouvido do (novo) Presidente
A confirmar-se o que escreve o Diário de Notícias, o novo Presidente da Republica, Marcelo Rebelo de Sousa, dispensará o banquete oficial da tomada de posse, a 9 de Março - e em vez disso oferece a Lisboa, nesse dia, ao final da tarde, um espectáculo musical na Praça do Município.
Que Mariza vá cantar o hino nacional parece-me consensual.
Agora, que os restantes artistas em palco sejam José Cid, Paulo de Carvalho, Anselmo Ralph, HMB, Pedro Abrunhosa e Diogo Piçarra (diz que foi vencedor de um concurso televisivo…), numa altura em que a música portuguesa vive dos seus mais vibrantes momentos das última décadas, com nomes novos e consagrados a marcar pontos em todas as frentes, do fado ao pop, do jazz à clássica, soa menos bem esta escolha trôpega e desconchavada. Parece-se mais com um sorteio de tômbola do que com uma ideia de espectáculo.
Das duas, uma: ou Marcelo ouve menos do que fala, ou carece de um assessor para esta área. Surdo, todos sabemos que não é.