Livros (com cheiro e sabor) no Parque
Hoje dei uma última volta pela Feira do Livro - a terceira, depois de duas visitas cirúrgicas, para estar com amigos autores em sessão de autógrafos. Acabei por não comprar nada: nas novidades, o que me interessava já tinha; nos alfarrabistas, onde me demorei mais de uma hora, o único livro usado que quis comprar custava 30 euros, o que achei um roubo descarado. Arrependi-me de não ter comprado, por metade do preço, o álbum com capas de Jornais do século XX que a Tinta-da-China editou - mais dia, menos dia, lá chegarei…
Gosto da Feira, sempre gostei, mesmo no tempo em que eram barraquinhas simples na Avenida da Liberdade. Passei por todas as fases, também lá me sentei em tardes intermináveis a tentar dar autógrafos nos meus modestos livros, e agora passeio por entre os pavilhões como quem anda pelo Chiado. Com gosto, mas sem objectivo especifico.
Nos últimos anos a Feira do Livro de Lisboa tem ganho novo alento e dinâmica mercê de eventos paralelos, da música ao teatro, da “street food” aos debates, e sou dos que defendem que esse é o caminho certo para que nunca se perca este movimento de milhares de pessoas, de todas as idades, a passear pelo Parque, e a conviver com livros de toda a espécie.
Feito o elogio e defendido o conceito, não resisto a reproduzir o diálogo mais divertido que tive. Foi com a Joana Stichini Vilela, com quem partilho a apresentação do programa Central Parque. É a piada do ano sobre a Feira. Para mim, claro.
Pergunta ela:
- Já foste à Feira do Livro?
- Já, fui ontem pela primeira vez…
- E que tal, comeste bem?