A confirmar-se que hoje é sábado…
… Parece-me um excelente dia para saudar a “Tinta da China” (quantas vezes já saudei esta editora? Nem sei…), por recuperar mais um brasileiro imperdível, Nelson Rodrigues, dramaturgo e cronista, que nos deixou em 1980, mas cuja obra felizmente chega impoluta e superior aos dias de hoje, apesar da má fama que sempre o perseguiu…
Conheço-o como cronista e escritor, acho que nunca vi qualquer das suas peças de teatro, mas faz parte da minha galeria de heróis da escrita que passaram pela imprensa, juntamente com Ruy Castro, Veríssimo e mais dois ou três, fazendo dos jornais brasileiros (pelo menos dos principais, do Globo à Folha de São Paulo, passando pelo Estadão…) exemplos do melhor que o século XX nos deixou.
Dito isto, e sabendo que a “Tinta da China” edita agora “O Homem Fatal” e “A Vida Como Ela É” (esta foto é da edição brasileira da Companhia das Letras), a memória devolveu-me uma das frases de Nelson Rodrigues que mais vezes repeti entre amigos. Pela ironia e pela verdade. Pelo pessimismo e pelo realismo. Pelo humor negro e pela simplicidade. Diz só isto:
“O sábado é uma ilusão”.
… Ainda assim, vamos lá vivê-lo.