Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Pedro Rolo Duarte

08
Jul11

Foi sem querer

No Hotel que eu e o João Gobern gerimos, não há férias – Agosto é mês de porta aberta, ainda que alguns programas sejam gravados com generosa antecedência para que o João possa pôr os livros e os DVD’s em dia, assistir ao renovado Benfica com a atenção ainda mais focada, e descobrir mais música - e eu possa procurar a sardinha perfeita (estou longe disso, este ano, até agora...), testar o thesaurus dos sabores, e os mil projectos que vão potencialmente cobrir o orçamento agora a descoberto...

Um desses programas “especiais” de Agosto é dedicado a Elis Regina, como se pode “ouvir” num post uns centímetros abaixo... Quando estava a escolher canções e ler sobre a “Pimentinha”, passei por esta versão do fabuloso “Cais”, de Milton Nascimento e Ronaldo Bastos, e como o vídeo do You Tube era lindo, naquele contraste forte do preto e branco, postei-o sem pensar duas vezes.

Há bocado voltei a ouvir a canção. E descobri o Portugal de hoje em toda ela, do cais à procura da felicidade, do momento de “me lançar” à invenção “do sonhador”. Leiam este poema e digam-me lá se isto não somos nós, hoje, entre a Moddy’s e a austeridade, o mar aqui ao lado, o tempo perdido, o sonho adiado.

Somos nós, não somos?

Ou serei só eu?

 

“Para quem quer se soltar invento o cais
Invento mais que a solidão me dá
Invento lua nova a clarear
Invento o amor e sei a dor de me lançar
Eu queria ser feliz
Invento o mar
Invento em mim o sonhador
Para quem quer me seguir eu quero mais
Tenho o caminho do que sempre quis
E um saveiro pronto pra partir
Invento o cais
E sei a vez de me lançar”

 

Deixo uma outra versão notável, de Milton com Simone. Assim:


2 comentários

Comentar post

Blog da semana

Gisela João O doce blog da fadista Gisela João. Além do grafismo simples e claro, bem mais do que apenas uma página promocional sobre a artista. Um pouco mais de futuro neste universo.

Uma boa frase

Opinião Público"Aquilo de que a democracia mais precisa são coisas que cada vez mais escasseiam: tempo, espaço, solidão produtiva, estudo, saber, silêncio, esforço, noção da privacidade e coragem." Pacheco Pereira

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Mais comentários e ideias

pedro.roloduarte@sapo.pt

Seguir

Arquivo

  1. 2017
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2016
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2015
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2014
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2013
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2012
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2011
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2010
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2009
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2008
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2007
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D