Como cantava SG, "pode alguém ser quem não é"?
É verdade que me enganei no resultado das eleições. Mas quando escrevi este post, em 2008, sentia o mesmo que hoje sinto: o crime compensa. Vou continuar a resistir-lhe apenas porque nasci assim, sem jeito e sem essa graça.
Eis o post de 20 de Abril de 2008, neste blog:
“Cito a Lusa: “É com um enorme elogio ao presidente do Governo Regional que Cavaco Silva encerra a visita à Madeira: «O senhor não precisa de elogios, a obra que realizou ao longo destes 30 anos fala por si». Para o presidente da República qualquer português que visite o arquipélago perceberá o trabalho de Alberto João Jardim.”
Lido isto, vou dormir tranquilo: não votei em Cavaco Silva (e já tinha concordado com tudo o que Miguel Sousa Tavares escreveu ontem no “Expresso”).
Há algo, no entanto, que não me deixa tranquilo, ou me deixa mesmo perplexo: é que, pela primeira vez, sinto que tenho um Presidente que não é de todos os portugueses.A Madeira precisava de mão firme em Alberto João Jardim e nos seus abusos. Precisava de um PR que o colocasse na ordem. Se nem o Presidente da Republica interrompe o circo que Jardim promove há 30 anos, gozando descaradamente com a cara do Continente que o subsidia, esqueçam lá isso...
Cavaco começou este fim-de-semana a perder o segundo mandato – aquele em que até pessoas como eu votariam nele. Se estivesse no seu lugar, não sei se sorriria. Ou se diria que já chegámos à Madeira”