Sobre o dinheiro, ou a falta dele
Estava no meu “café da manhã”, que é como quem diz, estava na crónica do Miguel Esteves Cardoso no Público. Li assim:
“O dinheiro não compra a felicidade, mas alivia a infelicidade. O dinheiro não compra a felicidade, mas torna a infelicidade mais pura, livrando-a das distracções desconfortáveis, provocadas pela falta de dinheiro, que concorrem com ela, disputando prioridades.
A felicidade está para o dinheiro como o riso para o meio de transporte. Há uma relação – mas estão apenas vagamente relacionados. Dito de outra maneira, é mais fácil estar-se triste quando não se tem dinheiro. A frase propagandística tem de ter alguma verdade para funcionar. Sim, o dinheiro não compra a felicidade – mas isso é uma frouxa máxima para quem tem dinheiro e, por causa disso, pensa que pode ser feliz”.
O Miguel tem razão, como de costume.
... E lembrei-me de imediato de uma frase que fixei há anos – há tão pouca coisa que eu fixe.. – e que felizmente a Internet me permite citar, porque lhe descobriu a autoria (Paul Laffitte): “Um idiota pobre é um idiota, um idiota rico é um rico”. No fundo é isto.