Traduções livres (I)
É frequente ler matérias na imprensa e perceber o que está por detrás de opiniões, ideias, às vezes até noticias. Apetece traduzir? Apetece.
Um exemplo. No Correio da Manhã de ontem, numa notícia sobre a nova composição da Entidade Reguladora da Comunicação – efectivamente polémica na indicação prévia de um Presidente que supostamente seria escolhido de outra forma (se eu fosse o Carlos Magno, saltava já fora daquele barco, mas enfim, cada um sabe de si…) – é ouvido o putativo crítico de televisão Eduardo Cintra Torres. E depois de chamar “crime perfeito” à escolha de Magno, remata: “Sou completamente contra este processo de escolha. O que temos é um organismo que não é definido pelas qualidades das pessoas, mas pela filiação partidária”.
Tradução das palavras de Eduardo Cintra Torres: “eu quero ser o Presidente da ERC, ou quero pelo menos ser da ERC, e irrita-me esta coisa do bloco central nunca mais me escolher, o tempo a passar e eu aqui a escrever o Olho Vivo. Consegui tornar-me crítico do Público, e sabe deus com que dificuldade, consegui tornar-me professor universitário, já consigo compor umas frases inteiramente minhas por entre citações de gurus, e nunca mais me atribuem o grau publico de Sebastião da Lima Rego do século XXI. Que chatice”.