Apesar de benfiquista... dragão
Há fenómenos estranhos, mas verdadeiros: ainda que tenha nascido Benfiquista, sou na verdade um verdadeiro dragão. Isto porque foi dar-se o caso de nascer em 1964, que é ano de dragões na astrologia chinesa...
Se eu acreditasse no que se escreve sobre as pessoas nascidas sob o signo, sentava-me à sombra de uma árvore e esperava a felicidade automática: “São considerados superiores a todos os signos animais restantes. Exóticos, intencionais, elegantes e com uma inclinação para o oculto”; “O poderoso e magnífico dragão do folclore mítico nunca cessa de encantar ou agitar a imaginação. Diz-se que algumas das suas qualidades são mágicas”; “A pessoa do dragão é magnânime, cheia de vitalidade e de força. A vida para ele, é uma chama de cores”.
Vou passar ao lado do facto de se dizer que o dragão é “egoísta, excêntrico, dogmático, terrivelmente exigente e pouco razoável”, e passo ao remate glorioso: “aristocrático e muito directo, o nativo do dragão estabelece os seus ideais cedo na vida e exige os mesmos padrões elevados da outra pessoa que viva com ele”.
Nada disto é verdade, mas tudo isto é divertido – especialmente porque desde ontem vivemos num Ano do Dragão...
Parece que vai ser um excelente ano para casar, procriar, e começar negócios, “porque o dragão benevolente traz a boa fortuna e a felicidade”. Ora, para mim isto chega e sobra. Vou então dedicar-me a estas artes e oficios, ver o que consigo e que sorte me calha...