Onde fica a porta da rua?
Circula pelo Facebook um pedido escandalizado e indignado de muita gente que diz mais ou menos o seguinte: “O facebook mudou: todos os comentários, os cliques sobre "gosto" serão a partir de agora públicos no Google. Façam-me um favor: - passem o cursor por cima do meu nome, esperem que a pequena janela se abra, cliquem sobre "subscrição" e retirem a subscrição de "comentários e gostos", no que me diz respeito. Se me pedirem, farei o mesmo por cada um de vós e desta maneira os nossos comentários sobre amigos e família não serão divulgados: obrigado”.
Traduzindo: os indignados do Facebook querem estar na rede social – reparem no nome, “rede”, “social”... – mas querem pouca rede e menos socialização. Querem mostrar as fotografias da família, comentar a vida, querem pôr likes e sugerir canções – mas tudo isso às escondidas...
Sempre que vejo estes movimentos apetece-me perguntar: e porque não saem do Facebook?
Querem comentar a família? Telefonem à família. Querem dizer ao artista que o amam? Mandem-lhe um postal. Querem combinar qualquer coisa? Usem a SMS ou o telefone.
Não há nada nem ninguém que nos obrigue a estar numa rede social, embora a forma como estas “comunicações” aparecem nos dê a entender que as pessoas são “obrigadas” a isso.
No dia em que me sentir “ameaçado” no Facebook por falta de privacidade ou abuso sobre a minha informação, é simples: porta fora com ele. Adeus e um queijo. Bye Bye Maria Ivone...
Até lá, please, são tantas as definições de privacidade possíveis para cada utilizador, que não percebo onde pode estar a indignação e a revolta...