Lapidar
“O que as cenas de Castro Daire e de Guimarães demonstram, para lá de qualquer dúvida, é que o Presidente deixou de ser visto como um árbitro da cena política portuguesa e passou a ser visto como um cúmplice. Quer queira, quer não, Cavaco perdeu a autoridade, tradicionalmente associada a Belém”.
Vasco Pulido Valente, no Público de ontem.
Passaram Ramalho Eanes, Mário Soares, Jorge Sampaio. Com maior ou menor talento, a imagem de Belém manteve-se e a expressão “Presidente de todos os portugueses” ganhou “letra de lei”. Tinha de ser o (aparentemente) mais rigoroso de todos, Cavaco Silva, a deixar a nódoa na bandeira. É a ironia do destino no seu esplendor.