15
Fev08
O que era é o que é
No meio de uma conversa sobre o amor e as relações amorosas, e num daqueles momentos em que o discurso se espraia pelo passado e pelo presente, e como era o amor romântico e como é hoje o amor fugaz e efémero, e a sociedade de consumo e bla-bla-bla ...
Pediram-me a opinião e eu dei:
O problema não é a mudança nas relações amorosas. Elas foram no passado como são hoje, mais coisa menos coisa. Também havia o “fogo fátuo” e a pura atracção física, havia a conquista pela conquista e a traição pelo prazer de violar regras de conduta. Havia amor proibido e a sua violação. Felizmente, a raça sempre foi mais imaginativa do que a limitada ideia dos sonhos dos pastores na montanha. Havia de tudo. Hoje há de tudo.
A diferença chama-se democracia e liberdade. Dessa sábia mistura resultou uma feliz sociedade de conhecimento e informação. Hoje as coisas sabem-se, conhecem-se as relações, há estatísticas e estudos, fala-se abertamente. A vergonha ficou lá atrás. Não há mais homossexuais nem mais divórcios: há mais conhecimento sobre realidades que se procurou evitar décadas a fio. Hoje vive na claridade o que antes permanecia na obscuridade.
Quando se revela o que permanecia escondido, ou silenciado, parece que nasce o que antes nem se sonhava. E então deitamo-nos a adivinhar mudanças, mudanças, mudanças, e a criar os presumíveis novos paradigmas. Pura ilusão, claro.
O amor não mudou. Nem as relações. Menos ainda os sonhos. Nem os desejos. Nem a vida que nos resta para viver tudo o que amamos, sonhamos, desejamos. Felizmente.
O problema não é a mudança nas relações amorosas. Elas foram no passado como são hoje, mais coisa menos coisa. Também havia o “fogo fátuo” e a pura atracção física, havia a conquista pela conquista e a traição pelo prazer de violar regras de conduta. Havia amor proibido e a sua violação. Felizmente, a raça sempre foi mais imaginativa do que a limitada ideia dos sonhos dos pastores na montanha. Havia de tudo. Hoje há de tudo.
A diferença chama-se democracia e liberdade. Dessa sábia mistura resultou uma feliz sociedade de conhecimento e informação. Hoje as coisas sabem-se, conhecem-se as relações, há estatísticas e estudos, fala-se abertamente. A vergonha ficou lá atrás. Não há mais homossexuais nem mais divórcios: há mais conhecimento sobre realidades que se procurou evitar décadas a fio. Hoje vive na claridade o que antes permanecia na obscuridade.
Quando se revela o que permanecia escondido, ou silenciado, parece que nasce o que antes nem se sonhava. E então deitamo-nos a adivinhar mudanças, mudanças, mudanças, e a criar os presumíveis novos paradigmas. Pura ilusão, claro.
O amor não mudou. Nem as relações. Menos ainda os sonhos. Nem os desejos. Nem a vida que nos resta para viver tudo o que amamos, sonhamos, desejamos. Felizmente.