28
Fev08
O empurrãozinho
O meu filho António Maria gosta mesmo muito de ler e de escrever. Inventa ficções, desafia-se a si próprio, devora livros de todos os géneros, e percebeu que uma das formas de ser popular na escola é justamente pela imaginação que coloca ao serviço da escrita nos trabalhos que tem de fazer.
Os amigos e a família costumam dizer que “é natural”: o pai escreve e vive disso, avós de ambos os lados têm ligação à escrita, ele cresceu num universo povoado de palavras e de livros. Aceito o meio ambiente como uma boa almofada. Mas a verdade é que não chega.
Muito por responsabilidade da mãe (o divórcio, nestas coisas, nunca deve toldar o justo reconhecimento...), o António Maria ouve histórias lidas desde muito pequeno, e foi sempre incentivado a ler. Antes de dormir, em viagem, nas férias, na praia, nos jantares de adultos (em que tem de ficar à mesa mais tempo do que a idade aguenta e permite). Há sempre um de nós que se lembra: e livro para ler? E há sempre um livro para ler. Todos os orçamentos podem ser revistos em função de mais um livro. E quando se acabam, como sucedeu o ano passado, no Algarve, em férias, há tempo para uma romagem dedicada à FNAC mais próxima...
Conto isto porque ontem à noite o meu filho deitou-se preocupado: tinha perdido, ou deixado na aula de guitarra, o regulamento de um concurso literário a que o incentivei a concorrer.
Falei-lhe nisto há imenso tempo, e nunca mais me ocorreu o tema. Mas ele, pelos vistos, não só não se esqueceu como pensou no assunto. E aceitou o desafio.
Lá está: é verdade que ele gosta de escrever. Mas também é verdade que fui eu que vi um papel numa estação dos correios e pensei que seria uma proposta interessante para ele.
Ou seja: o António Maria pode ter nascido com talento e gosto - mas há sempre o empurrãozinho que nos cabe a nós, pais, dar no momento certo. O resto, correrá por conta dele e da sua vontade.
Como bom português que é, há mais de um mês que ele sabe do concurso - mas será hoje, penúltimo dia do prazo, que se vai dedicar ao tema. O pai foi à Net, depois dele se deitar, e lá descobriu o regulamento “perdido”. Hoje terá os dados de que precisa para o seu trabalho. Gostar de ler e escrever pode nascer connosco – mas um empurrãozinho, de vez em quando, ajuda muito...
Os amigos e a família costumam dizer que “é natural”: o pai escreve e vive disso, avós de ambos os lados têm ligação à escrita, ele cresceu num universo povoado de palavras e de livros. Aceito o meio ambiente como uma boa almofada. Mas a verdade é que não chega.
Muito por responsabilidade da mãe (o divórcio, nestas coisas, nunca deve toldar o justo reconhecimento...), o António Maria ouve histórias lidas desde muito pequeno, e foi sempre incentivado a ler. Antes de dormir, em viagem, nas férias, na praia, nos jantares de adultos (em que tem de ficar à mesa mais tempo do que a idade aguenta e permite). Há sempre um de nós que se lembra: e livro para ler? E há sempre um livro para ler. Todos os orçamentos podem ser revistos em função de mais um livro. E quando se acabam, como sucedeu o ano passado, no Algarve, em férias, há tempo para uma romagem dedicada à FNAC mais próxima...
Conto isto porque ontem à noite o meu filho deitou-se preocupado: tinha perdido, ou deixado na aula de guitarra, o regulamento de um concurso literário a que o incentivei a concorrer.
Falei-lhe nisto há imenso tempo, e nunca mais me ocorreu o tema. Mas ele, pelos vistos, não só não se esqueceu como pensou no assunto. E aceitou o desafio.
Lá está: é verdade que ele gosta de escrever. Mas também é verdade que fui eu que vi um papel numa estação dos correios e pensei que seria uma proposta interessante para ele.
Ou seja: o António Maria pode ter nascido com talento e gosto - mas há sempre o empurrãozinho que nos cabe a nós, pais, dar no momento certo. O resto, correrá por conta dele e da sua vontade.
Como bom português que é, há mais de um mês que ele sabe do concurso - mas será hoje, penúltimo dia do prazo, que se vai dedicar ao tema. O pai foi à Net, depois dele se deitar, e lá descobriu o regulamento “perdido”. Hoje terá os dados de que precisa para o seu trabalho. Gostar de ler e escrever pode nascer connosco – mas um empurrãozinho, de vez em quando, ajuda muito...
PS – Sei que é em cima da hora, sei – mas (também muito) à portuguesa, desafio os meus leitores com filhos a tentarem esta aventura. Tudo o que precisam de saber encontram aqui. Só o tempo escasseia: http://www2.ctt.pt/fewcm/wcmservlet/miniweb/concursoEpistolar/Regulamento.html