Reflexão rápida (III)
Não conheço nenhum Ministro, Secretário de estado ou mesmo assessor que, depois de uma passagem pelo governo (governo, sublinho, de qualquer cor política...), tenha tido dificuldades ou frequentado um Centro de Emprego. Nem por momentos uma situação menos confortável do ponto de vista económico ou profissional. Desempregado? Nunca ouvi falar de um só. Tal facto pode merecer crítica, reflexão, revolta, indignação, investigação, o que queiramos...
... Daí a fazer outra vez de José Sócrates o bombo da festa, porque também ele arranjou o tacho e a tampa para a sua vida, já roça o absurdo. Foi apenas mais um, de TODOS os que usam o networking do poder para viver regaladamente o resto da vida.
Ou então digam-me o nome do governante do PS, do PSD, ou do CDS, que depois de sair do Governo não se sentou confortavelmente numa qualquer administração pública ou privada, ou num lugar de topo de uma empresa de sucesso...
(Eu faço parte daqueles que acham que, num país civilizado, José Sócrates estaria no banco dos réus a responder pelos crimes de lesa-pátria que cometeu. Daí a hiperventilar na demagogia, vai um enorme passo.)