Uma directa há 25 anos
Faz hoje 25 anos, não dormi. Saí tarde da Rua Actor Taborda, e fui para Algés, ver nascer O Independente. Eu e todos os que faziam o primeiro número do novo jornal. Lembro-me do Jorge Colombo a tentar manter a calma enquanto metade do jornal estava por fechar à hora a que já devia estar impresso, lembro-me do stress de Paulo Portas, da alegria do Miguel Esteves Cardoso, e do ar preocupado do Manuel Falcão, do sorriso malandro do João Amaral.
Em rigor, não tinha a noção de estar a participar numa aventura tão rica e relevante para o jornalismo português – era um novo jornal, e isso era tudo num tempo em que, lá está, tudo era possível.
Mas era afinal bem mais: era a primeira grande revolução na imprensa portuguesa depois do 25 de Abril.
Agradeço do fundo do coração o tanto que aprendi em tão pouco tempo. Tenho tanto orgulho em ter passado por lá...