Da série textos antigos que não perdem actualidade (I)
(algures em 2006)
Num dossier publicado na revista “Notícias Magazine” encontrei um provérbio chinês que deveria estar colocado em todas as repartições públicas, em todas as casas de Portugal, nas lapelas dos casacos, nos vidros dos carros, talvez até mesmo em permanência nos rodapés das televisões. Diz assim:
“Se tem remédio, porque te queixas? Se não tem remédio, porque te queixas?”.
Assim, com a irónica mas certeira serenidade oriental, ali estão as duas perguntas que nos devem ser colocadas diariamente. Repetidamente. Até à exaustão. Só pelo cansaço venceremos os nossos eternos complexos. Eu, por exemplo, já estou farto de ouvir queixas. E também de me queixar. E no fim deixar andar...