15
Mar08
A rir no futuro
A Internet deu-me uma grande alegria: pela primeira vez, eu estou ao nível do gestor mais eficaz das chamadas «dot com», sei tanto como o mais poderoso empresário do mundo, Ou seja, muito pouco. Os últimos anos deram-me essa satisfação: sabemos todos pouco disto. Temos nas mãos o mais poderoso meio de comunicação da História – mas esse todo-poderoso é, afinal, misterioso, inquietante, e ainda não se sabe bem, na verdade, como tirar partido dele. Ou mais rigorosamente: como ganhar dinheiro com ele.
Sabe-se que é rápido e impune, embora estas características nem sempre sejam devidamente aproveitadas. Sabe-se que é democrático e interactivo. Sabe-se que resolve problemas e cria novos problemas. Sabe-se muito – mas, no fundo, não se sabe quase nada. Desconhece-se até onde vai hoje – e ninguém, em rigor, adivinha como será amanhã, que forma terá, até que ponto viverá de sites e portais e encontros virtuais.
A Internet fascina pelo seu poder – e o seu poder fascina pelo seu mistério. A Internet era um problema que não tínhamos e tornou-se um problema que não queremos deixar de ter. Um dia, num futuro qualquer, acredito que nos vamos rir quando alguém recordar como era a rede em 2000. Um pouco como recordar a fila no banco, à sexta-feira, para trocar cheques por dinheiro, há 15 anos. Vamo-nos rir porque a Internet será algo bem distante do que é hoje – mas quem atira a primeira pedra sobre o que será? Fiquemos então assim: ainda vamos rir-nos dos dias de hoje. Gosto dessa ideia...
Sabe-se que é rápido e impune, embora estas características nem sempre sejam devidamente aproveitadas. Sabe-se que é democrático e interactivo. Sabe-se que resolve problemas e cria novos problemas. Sabe-se muito – mas, no fundo, não se sabe quase nada. Desconhece-se até onde vai hoje – e ninguém, em rigor, adivinha como será amanhã, que forma terá, até que ponto viverá de sites e portais e encontros virtuais.
A Internet fascina pelo seu poder – e o seu poder fascina pelo seu mistério. A Internet era um problema que não tínhamos e tornou-se um problema que não queremos deixar de ter. Um dia, num futuro qualquer, acredito que nos vamos rir quando alguém recordar como era a rede em 2000. Um pouco como recordar a fila no banco, à sexta-feira, para trocar cheques por dinheiro, há 15 anos. Vamo-nos rir porque a Internet será algo bem distante do que é hoje – mas quem atira a primeira pedra sobre o que será? Fiquemos então assim: ainda vamos rir-nos dos dias de hoje. Gosto dessa ideia...
Ao sábado, reedições. Texto escrito para a estreia do site “Netparque”, um dos primeiros portais de informação e opinião que Portugal teve. Há tantos anos... Bom, no ano 2000...