“A morte nunca morre”, diz Filipe
Podia ser mais um post da série “A vida ensinou-me: se alguém diz melhor do que tu aquilo que querias dizer, cala-te!”. Mas não é. Eu não queria dizer nada – mas não querendo dizer nada, dei de caras com mais um texto da serie “Odi et amo”, no blog Mar Salgado, onde
Filipe Nunes Vicente escreve quase sempre pérolas que eu gostaria um dia de ter sabido pensar, quanto mais escrever. Por exemplo:
“A morte nunca morre. O tempo encarrega-se da reanimação consecutiva. O amor morre com frequência: umas vezes à nascença, outras devido à seca extrema, com frequência levado na tempestade.
A morte esconde-se em fotografias, nas janelas entaipadas, no nariz tantas vezes. Como não vive, não envelhece. Está sempre disponível, é forte, concreta e fiável.
Fingimos que o amor nunca morre porque somos dados ao espiritismo”.
Então eu, que não queria dizer nada, quis repentinamente dizer o que Filipe disse. E deixo dito. Copiado. Citado.