Dra. Manuela Ferreira Leite: já ouvimos.
Manuela Ferreira Leite está sempre a corrigir alguém, mesmo quando fala sozinha; está sempre a dar uma reprimenda a um jornalista atrevido, mesmo quando nenhum jornalista está por perto; responde permanentemente a uma imagem que ninguém lhe atribuiu; e o seu olhar denuncia uma única ideia, “não pensem que eu vou sorrir, ouviram? Isto é muito sério e é um enorme sacrifício, e só o faço porque sou a única militante realmente séria que resta neste caldeirão de malandros”.
Manuela Ferreira Leite chega à liderança do PSD de mão dada com a chatice e a maçada, zangada com o mundo mediático que a acolhe e no qual vai ter de viver (contrariada, é bom de ver), e focada num discurso onde a cada passo parece chamar a todos nós, cidadãos espectadores da politica nacional, “cambada de mentecaptos eternamente manipulada pela politica espectáculo e seus actores de serviço”. A cambada deve habituar-se à ideia de que chegou finalmente uma pessoa séria, que não brinca em serviço, não cede ao mediatismo, nem faz fretes às câmaras de televisão e às peixeiras que querem beijinhos e baldes de plástico. Nada disso. Ouviram?