Cala a boca, Magda!
Há momentos felizes: eu andava à procura de um texto antigo que ficasse bem no fim-de-semana do blog. Guardo desordenadamente em discos externos a história virtual da minha vida e os nomes das pastas e ficheiros são verdadeiros enigmas, especialmente para mim, que os criei: “ficheiros já guardados Novembro 2000” é um nome tipo de uma pasta; “Visão 156” é um clássico nome de ficheiro. Depois há tentativas de organização sofisticadas que levam a ficheiros com titulos assim: “DNA 145 2005-06-09”. Ou descritivos: "Ensaio Agosto", "Carta do Alentejo a ver"...
Em geral, preciso de uma a duas horas para encontrar o que procuro. Quando encontro, claro.
Foi numa destas mil pastas de arquivo informático que às tantas vejo um ficheiro do Word com o nome “Magda”. Soou a campainha. Magda? A Magda do “Sai da Baixo”? A burra gira mais divertida da história do humor brasileiro?
Era mesmo. E o que era? Era uma colecção de frases tontas, tolas e impagáveis da personagem, tiradas da série, e colocadas num site qualquer alimentado por admiradores da actriz Marisa Orth.
Há melhor para um sábado ou domingo do que uma memória breve de “Sai de Baixo” – talvez a ultima série de humor que eu agendava na Filofax para não perder... - e da sua incontornável Magda?
Cá vão umas tantas...
- A gente precisa dar uma olhada na nossa árvore ginecológica!
- O pessoal aqui do prédio é muito linguarudo, depois fica aquela felação...
- Será que ele vai meter os pés pelo anão?
- Justo agora, que a família ia de vento em sopa...
- Vício? Tio Vavá, o senhor anda cheirando proteína?
- Você é o ar que eu transpiro.
- Eu não sei mais o que fazer pra chamar a atenção do Caco... pensei até em fazer uma lipoinspiração, um displante de cabelo... pensei até em usar uma lente de contrato.
- Tá parecendo um artista de cinema, tá praticamente um galão!
- Só falta dar uma afogadinha nos legumes, botar o frango pra assanhar... ah, depois também eu descobri que cozinhar não é nenhum bife de sete cabeças.
- Eu perdi a loção do tempo.
- Pretendo ser tua parceira na alegria, na tristeza, na saúde, na doença, fumantes e não-fumantes.
- O senhor sabe muito bem que durante toda minha vida eu sempre fui uma mulher estériosexual.
- Aceita um cheque pré-deitado?
- Finalmente a felicidade bateu à sua porca.
- Vocês não tão vendo, vocês ficaram surdos?
- Se o encanador não é quem parece eu só posso chegar à conclusão de que as aparências encanam.
- Isso aqui ficou com cor de burro quando chove.
- Ele não consegue pintar nem olhando pra mim, que sou a mula inspiradora dele.
- Eu faço um nú artístico pra você... você pode pintar uma Mongalisa, um Santo Seio, ou até uma Vênus Mamilo.
- Eu tô exausta, Caquinho, fiquei horas tentando apagar a luz da geladeira...
- Eu preciso comprar um sutiã pra aprender a nadar de peito!
- Minha boca vai ser um cúmulo!
- Não me trata assim que eu me sinto um cão com o nabo entre as pernas.
- Cospe, cospe no pato que comeu!
- Quem espera sempre cansa!
- Foi você que me mandou esse bufê de flores?
- Você ainda vai comer o pau que o diabo abraçou!
- Eu não desistirei, até o dia em que as galinha botarem ovos!
- Como é que eu ia saber o dia em que a mamã nasceu, eu não tava lá!
- Edileuza, faz aquele bolo de chocolate com cão de ló!
- Nós precisamos arranjar um médico pederasta pra essa criança.
- Estou tão certa como bois e bois são pato.
- Como perder o avião? É uma coisa muito grande pra se perder.
- Se mamã vai vestir de gala eu vou vestir de galinha.
- Deus escreve esperto por lindas portas.
- Você está me transformando numa cereal killer.
- Adoro trocar idéias... mas eu só posso trocar as repetidas, senão eu fico sem nenhuma.
- Você tá morta? Se você morreu fala pra gente... assim vai adiantando a certidão de órbita.
- Nós temos que começar a fazer filhos agora... depois, quando a gente ficar bem velhinho, a gente começa a fazer os netinhos.
- Que mau humor... o que foi, acordou com o pau esquerdo?