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Set08
O Estado da Nação
Ao contrário do que pretendia o Plano Nacional de Saúde, os portugueses aumentaram significativamente o consumo de ansiolíticos, hipnóticos, sedativos e antidepressivos: um milhão e 800 mil embalagens a mais entre 2003 e 2006. Os dados são do Alto-Comissariado da Saúde.
Contas feitas, em 2006 foram consumidas 26,3 milhões de embalagens deste tipo de medicamentos, o que dá, apenas para efeitos de imagem infográfica, uma média de 3,5 embalagens por adulto maior de 24 anos.
Os números parecem querer dizer-nos que Portugal vive algures, entre o efeito tranquilizante dos ansiolíticos, sedativos e hipnóticos, e o optimismo químico dos antidepressivos. Ou seja, entre o que precisa para aguentar a pressão da infelicidade e o que lhe garante os mínimos olímpicos para acordar todos os dias.
Eu sei que só se fala de dinheiro e economia. Mas é este, também, o Estado da Nação.