Perdido em Oeiras
Dei comigo a procurar um lugar para comer qualquer coisa, ao almoço, mais fast menos fast food, mais junk menos junk, rapidamente, no centro comercial Oeiras Parque. Calhou estar por ali. Tinham-me dito que a probabilidade de encontrar amigos, conhecidos, amigos de amigos, era enorme porque, cito, “Lisboa está tão cara que toda a gente está a trabalhar por aqui”.
Mas depois de encontrar uma ex-colega do Marquês de Pombal que mora no Bairro de São Miguel, uma conhecida de sempre que encontro na “Mexicana” ao sábado, um fotógrafo que invariavelmente estava em Lisboa, um conhecido dos meus tempos da Torre 3 das Amoreiras e ainda, como se não bastasse, uma amiga perdida dos tempos do Liceu de Camões... bom, eu dei razão a quem me tinha avisado.
E passei o resto da tarde a pensar nisto: será que todas as pessoas de quem sou amigo, e raras vezes encontro, andam perdidas em corredores do Oeiras Parque ou de outros Parques da mesma natureza? Faço mal em frequentar ainda as Amoreiras, o Corte Inglês, o Saldanha Residence, o Chiado e o generoso lote de “Pingo’s Doce” da cidade?