E se fosse comigo?
Independentemente do que possa por aí vir, quando assisto a este tipo de momentos, e dado o “defeito profissional”, faço sempre o exercício seguinte: e se fosse comigo? E se fosse comigo e eu estivesse absolutamente inocente?
Admitir esta hipótese e imaginar o que sentiria contribui definitivamente para ser incapaz de fazer julgamentos prévios, e por conseguinte garante um olhar, pelo menos, sereno sobre o cenário de “guerra”. Não faças aos outros o que não gostas que te façam a ti – o povo tem razão nestes sábios provérbios, mesmo que também faça sentido o que hoje é convocado por José Manuel Fernandes: “à mulher de César não basta ser séria, tem de parecer séria”...
Pois tem. Mas a quem faz notícias sobre a mulher de César pede-se igualmente seriedade. E o mesmo exercício: e se fosse comigo? E se fosse comigo e estivesse inocente?